Coimbra

IPO de Coimbra recebe projeto de promoção de saúde através da música

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 12-12-2022

A Unidade de Cancro de Mama do IPO de Coimbra vai receber, no primeiro semestre de 2023, um projeto-piloto através do qual se pretende estimular o bem-estar físico e emocional dos utentes e profissionais de saúde através da música.

De acordo com a diretora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, este projeto-piloto prevê que, ao longo dos primeiros seis meses de 2023, a Orquestra Sem Fronteiras apresente seis concertos intimistas de música de câmara, dirigidos exclusivamente ao serviço de cancro de mama do IPO de Coimbra.

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“Os concertos serão seguidos de um momento de mediação cultural informal”, acrescentou.

Durante a apresentação do projeto artístico “A Música no Lugar Certo”, que decorreu hoje de manhã em Coimbra, Suzana Menezes explicou que este projeto nasce do acordo de colaboração de três entidades – Direção Regional de Cultura do Centro, IPO de Coimbra e Orquestra Sem Fronteiras – que acreditam “no valor terapêutico da cultura”.

“Do ponto de vista financeiro, este projeto será suportado pela Direção Regional de Cultura do Centro, que assume os custos da curadoria, e pela Fundação La Caixa, que é o mecenas principal da Orquestra Sem Fronteiras, que assume os custos com os músicos envolvidos”, informou.

Ao longo da sua intervenção, Suzana Menezes destacou que a ambição deste projeto ultrapassa os seis concertos em agenda.

“Esperamos que esta ação possa sensibilizar a nossa região, no momento em que estamos a preparar o próximo quadro europeu de financiamento, para a necessidade de incluirmos a cultura também como parte integrante da nossa estratégia de saúde e, mais especificamente, como pilar central da estratégia de saúde mental. Isso implica acautelar, desde já, a definição de políticas públicas neste domínio e o investimento adequado ao desenvolvimento de projetos desta natureza”, referiu.

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Com este projeto-piloto espera também sensibilizar os setores culturais e de saúde da região para “a importância das atividades culturais como complementares às respostas médicas tradicionais, tanto para problemas de saúde, quanto para a sua prevenção”.

“Esperamos que este projeto, para além dos efeitos positivos que venha a ter, e nos quais acreditamos, venha a incentivar a nossa região e as nossas organizações, públicas e privadas, a estabelecerem a sua própria estratégia de cultura para a saúde e bem-estar, criando as condições adequadas à promoção de políticas integradas de cultura e saúde”, apontou.

Nesta ocasião, a presidente do Conselho de administração do IPO Coimbra, Margarida Ornelas, vincou que este projeto pretende, “através de momentos musicais únicos”, contribuir para o equilíbrio das doentes e do seu bem-estar.

“Um momento que lhes permita uma abstração e viajar pela infinidade do imaginário musical. A arte permite isso, sendo um instrumento terapêutico”, sustentou.

No seu entender, a arte é mesmo uma ferramenta poderosa para os doentes lidarem com o momento que estão a vivenciar.

Já o maestro e presidente da direção da Orquestra Sem Fronteiras, Martim Sousa Tavares, evidenciou que este projeto “vai colocar a música no lugar certo”, permitindo que pessoas que estão numa situação adversa tenham direito à fruição cultural.

“É uma semente que estamos a plantar para ajudar a mudar o paradigma”, concluiu.

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