Um novo estudo científico realizado nos Estados Unidos vem reforçar a importância do consumo regular de iogurte, associando-o a uma redução do risco de desenvolver formas agressivas de cancro colorretal, nomeadamente no cólon proximal — uma zona do intestino onde os tumores apresentam geralmente pior prognóstico.
A investigação envolveu mais de 150 mil participantes, acompanhados ao longo de várias décadas por instituições de renome, como a Harvard Medical School. O objetivo foi avaliar os efeitos do iogurte no microbioma intestinal e o seu potencial papel na prevenção de doenças oncológicas.
Durante o estudo, os investigadores recolheram dados de dois em dois anos sobre os hábitos alimentares dos participantes, focando-se na ingestão de iogurte. Foram ainda analisadas amostras de tecido tumoral de 3.079 indivíduos diagnosticados com cancro colorretal, pode ler-se na SIC.
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Os resultados revelam que os indivíduos que consumiam pelo menos duas porções de iogurte por semana apresentaram menor risco de desenvolver um tipo específico de cancro no lado direito do cólon, caracterizado pela presença da bactéria Bifidobacterium — um tipo de probiótico comum em iogurtes naturais.
De acordo com os autores do estudo, o efeito protetor pode estar relacionado com a capacidade do iogurte de equilibrar a flora intestinal, reduzir inflamações e melhorar a função da barreira intestinal. Estes fatores, em conjunto, poderão dificultar o desenvolvimento de células cancerígenas.
Apesar de o consumo de iogurte não ter mostrado impacto significativo na prevenção de todos os tipos de cancro colorretal, os investigadores sublinham que os benefícios sobre os tumores mais agressivos são relevantes e consistentes com descobertas anteriores.
Entre as opções mais recomendadas estão os iogurtes naturais e sem adição de açúcar, que contenham culturas vivas e ativas — como o iogurte grego simples, o kefir ou aqueles enriquecidos com probióticos como Lactobacillus e Bifidobacterium. Estes produtos ajudam a manter a diversidade da microbiota intestinal, fundamental para a saúde digestiva e imunológica.
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