Coimbra

Investigadora da ESEnfC diz que faltam enfermeiros especialistas em saúde familiar

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 26-02-2016

Há «necessidade de formação especializada para a prática avançada de Enfermagem de Família» nos cuidados de saúde primários, adverte a professora e investigadora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Margarida Alexandra Moreira da Silva.

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Na sequência de um estudo de doutoramento que envolveu 871 enfermeiros de14 agrupamentos de centros de saúde e duas unidades locais de saúde da região Centro, a docente da ESEnfC constatou que aqueles profissionais atribuem bastante importância a uma Enfermagem centrada no trabalho com as famílias.

A importância do enfermeiro de família está amplamente reconhecida. Desde a Declaração de Munique (Conferência Ministerial da Organização Mundial de Saúde, em 2000) que a figura do enfermeiro de família surge como a de um profissional que, integrado numa equipa multidisciplinar, é responsável pelo contínuo de cuidados a um grupo limitado de famílias, desde a conceção até à morte e nos acontecimentos de vida críticos.

Porém, a maioria dos enfermeiros que trabalha nos cuidados de saúde primários é licenciada em Enfermagem (habilitada para cuidados gerais), havendo, também, neste domínio de atuação, enfermeiros especialistas com formação avançada em diferentes áreas, tais como Saúde Pública, Saúde Comunitária, Saúde Infantil e Saúde Materna.

Assim, «há um desfasamento entre as orientações políticas, ou a própria teoria de Enfermagem, e o que acontece na prática clínica», salienta a investigadora, ao notar que as competências para o enfermeiro especialista em saúde familiar já estão definidas desde há cinco anos (Regulamento n.º 126/2011).

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