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Investigação sobre a Sanfil confirma que Idealmed e Clínica Particular de Coimbra querem comer do mesmo bolo (com vídeos)
Como já se tinha percebido pelos “alertas” que a SIC foi transmitido, a Sanfil – Casa de Saúde Santa Filomena está em grande destaque no Jornal da Noite, da SIC.
O “4º grupo privado de saúde” em Portuga (só é ultrapassado pelo BES, CUF e Caixa) é notícia devidoa alegadas ilegalidades. Tem um volume de negócios impressionante! Agestão de Henrique Amaral Dias aumentou a facturação de 4,5 milhões para 44 milhões, prevendo chegar a 90 milhões.
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Logo no início da história, Henrique Amaral Dias (HAD) não tem problemas em afirmar que é “um gestor de topo”. Salienta que gere 27 empresas integradas no conglomerado da SI Vales SGPS, que controla a Sanfil, Diaton, entre outras.
A SIC garante que a SANFIL “cresceu à sombra das listas de espera”. Fala mesmo no “milagre da multiplicação das cirurgias”.
Francisco Faro, ex-administrador do Centro Hospitalar de S. Francisco, em Leiria, despedido pela Sanfil, depois desta ter comprado a unidade que pertenceu ao BPN/SLN, é um dos que coloca em causa o grupo com sede em Coimbra, que, pela voz de HAD, rejeita todas as acusações do seu antigo funcionário, que agora trabalha na concorrência. Mas a reportagem tem ainda depoimentos de médicos e colaboradores, existindo mesmo alguns que falam de cara tapada e com a voz distorcida.
A facturação ao Estado de medicamentos e instrumentos hospitalares, supostamente de forma abusiva, também entra na conversa entre Pedro Coelho e o administrador da Sanfil, que faz questão de responder a todas as questões colocadas pelo jornalista. Rejeita responsabilidades, promete tomar medidas, admite recurso à justiça, usa a sua conhecida ironia, prontifica-se a mostrar documentos, transfere culpas para um funcionário de longa data, que a SIC diz ser da confiança de HAD, que só consegue ver precipitação nas decisões do seu quadro.
A investigação da SIC terá demorado mais de 3 meses. A televisão revela que durante esse tempo falou com administradores, advogados e assessores de imprensa do conglomerado SI Vales, percebendo-se que a empresa de Coimbra mudou mesmo de colaborador para a área dos media.
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Amaral recusa que sua “pequena clínica” não tenha capacidade para fazer tantas cirurgias. Sempre sereno, afirma que está a fazer 8.500 cirurgias mas tem mais capacidade de fazer 12 500 e que mais do que pensar em quantidade se preocupa com qualidade.
Já a reportagem ia longa quando apareceu José Alexandre Cunha, o concorrente que lidera a Idealmed de Carlos Dias, o empresário que terá feito fortuna a partir do zero, que se lamenta por não comer do bolo que come a Sanfil.
O administrador que lidera o hospital privado cujas iniciais do nomes se confundem com as do público, queixa-se de não ter acesso ao Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, o já célebre SIGIC, o tal que foi pensado para acabar como as listas de espera e se transformou em abono de família de grande parte dos operadores privados e que permite operar nas unidades privadas o que os hospitais públicos não conseguem ou não querem realizar dentro de determinado prazo. A Clínica Particular de Coimbra, pela voz de António Mota, seu administrador também quer uma fatia deste valioso bolo.
Idealmed e Clínica Particular, por serem mais recentes, ainda aguardam luz verde da Administração de Saúde do Centro para poderem entrar neste valioso negócio. A SIC quis entrevistar o presidente da ARSC, mas José Tereso declinou o convite.
Segundo a SIC, o grupo da Sanfil concretizou mais de 17 000 cirurgias. Tem 13% de um mercado disputado por 60 entidades particulares.
A SIC garante que o CHUC são o principal fornecedor da Sanfil, recordando que Martins Nunes, o administrador do hospital público, foi colaborador da Sanfil durante anos. Amaral Dias diz que os médicos que são accionistas não costumam intervir neste tipo de processos, chamando para si toda a responsabilidade de gestão e rejeitando a obtenção de quaisquer tipo de favorecimento através da influência dos mesmos.
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