Cidade
Interior montanhoso deve ser promovido pelos poderes públicos como “um espaço multifuncional que suporte outras atividades”
O ministro-adjunto, Pedro Siza Vieira, realçou hoje em Góis que o Interior constitui um dos “maiores recursos” do país e realçou a necessidade de inverter a tendência de abandono.
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Na sua opinião, o Interior montanhoso deve ser promovido pelos poderes públicos como “um espaço multifuncional que suporte outras atividades”, além da silvicultura, agricultura e pecuária.
“Temos de encarar os territórios como um dos nossos maiores recursos, que interessam à comunidade nacional como um todo”, disse o ministro-adjunto, que estava acompanhado do ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos.
Pedro Siza Vieira falava, na Casa da Cultura de Góis, distrito de Coimbra, na apresentação pública das medidas do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural no âmbito do Programa de Revitalização do Pinhal Interior.
Na sua ótica, a diversidade dos territórios de Portugal são “uma riqueza que deve ser potenciada”.
Na sessão, a responsável da unidade de gestão do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), do Portugal 2020, explicou as cinco primeiras medidas de um total de 18, dotadas de 10 milhões de euros, do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural no âmbito do Programa de Revitalização do Pinhal Interior.
Gabriela Freitas disse que esta verba poderá “alavancar 20 milhões de euros de investimentos” nos municípios do Pinhal Interior, na região Centro.
Trata-se, segundo Pedro Siza Vieira, de criar “um projeto de esperança no futuro” nos municípios de baixa densidade demográfica.
“É um compromisso do país com estes territórios”, a maior parte dos quais foi devastada pelos incêndios de 2017.
Por sua vez, o ministro Luís Capoulas Santos afirmou que o Ministério da Agricultura disponibilizou 92,5 milhões de euros para apoiar os agricultores afetados pelos incêndios de 2017.
Vinte e cinco mil candidatos a estas ajudas do Estado já foram apoiados e um total de 75 milhões “já foram pagos”, revelou, em resposta aos lesados que, no exterior, reclamavam “ajudas justas” do Governo.
“Tem havido alguma dificilmente explicável contestação”, disse Capoulas Santos, numa sessão em que a presidente da Câmara de Góis, a socialista Maria de Lurdes Castanheira, elogiou a forma como o executivo de António Costa tratou os problemas colocados pelos municípios, na sequências dos incêndios de junho e outubro de 2017, em que morreram mais de 100 pessoas e centenas ficaram feridas.
No entanto, os apoios do Estado nesta área “nunca poderão compensar o valor estimativo de um determinado bem” perdido nos fogos – habitação, alfaia, cultura ou animal – segundo o ministro da Agricultura.
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