Coimbra
Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil candidata-se ao Portugal2020 para ampliar bloco operatório
O Hospital Francisco Zagalo vai candidatar-se a financiamento do Portugal2020 para ampliar o seu bloco operatório, revelou hoje essa unidade de saúde de Ovar, que já em 2013 anunciou verbas para a obra, mas ainda não conseguiu concretizá-la.
Na altura, o então diretor desse hospital do distrito de Aveiro previa que o investimento no bloco operatório fosse na ordem dos 390.000 euros, mas agora a atual administração situa a despesa em cerca de três milhões de euros.
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“O projeto [atual] foi melhorado significativamente em relação ao de 2013 para responder aos programas funcionais da cirurgia de ambulatório”, revelou à Lusa fonte do hospital.
A empreitada passou a estar “mais perto” da concretização porque o programa Portugal2020 abriu esta terça-feira um concurso específico para o hospital vareiro, sendo que, segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, essa unidade de saúde tem agora até ao dia 24 de maio para apresentar a devida candidatura.
O mesmo se aplica ao Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil e à unidade de Aveiro do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, duas outras entidades visadas pelo “aviso-convite” da CCDR-Centro.
As verbas disponíveis para os referidos hospitais pertencem ao FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e poderão cobrir até 85% do valor global das respetivas empreitadas, o que, no caso de Ovar, representará cerca de 2,5 milhões de euros. Se as candidaturas forem efetivamente aprovadas, a despesa com os restantes 15% será custeada pelo Estado.
“Não podíamos estar mais felizes com a notícia que abre caminho à concretização de um sonho, cada vez mais próximo da realidade”, declarou o atual presidente do conselho diretivo do Hospital Francisco Zagalo, Luís Miguel Ferreira.
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Para o responsável, “este é o passo decisivo” que proporciona “a solução para o financiamento” da obra, embora conte ainda com “um caminho longo a percorrer – que passa pela elaboração da candidatura, a abertura do procedimento concursal e [a obtenção do] visto do Tribunal de Contas, entre outros [aspetos]”.
Luís Miguel Ferreira mostra-se, mesmo assim, otimista. “Estou certo de que a nossa determinação coletiva superará a enorme exigência que se espera nas próximas semanas”, afirmou, na expectativa de que a obra possa avançar ainda este ano.
Contando com apenas um bloco operatório, entre 2018 e 2019 o Hospital Francisco Zagalo aumentou em 28% as suas cirurgias. No ano que precedeu a pandemia de covid-19 registou assim “o melhor desempenho desde 2013” ao nível da produção cirúrgica.
“Apesar das condicionantes, não podemos deixar de evidenciar o excelente trabalho desenvolvido no nosso hospital, com esforço e dedicação por parte de todos os seus profissionais. Com a reabilitação e ampliação do bloco operatório teremos naturalmente melhores condições para desempenhar a nossa atividade assistencial e prestar um melhor serviço à população”, concluiu Luís Miguel Ferreira.
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