Desporto
Inglaterra ultrapassa República Checa em jogo de serviços mínimos
Um golo solitário de Raheem Sterling bastou hoje à Inglaterra para vencer a República Checa, por 1-0, protagonizando a ultrapassagem no topo do Grupo D do Euro2020 de futebol, num monótono jogo da terceira e última ronda.
No Estádio de Wembley, em Londres, com arbitragem portuguesa de Artur Soares Dias, 19.104 espetadores apreciaram o tento britânico aos 12 minutos, que escapou à lógica de um desafio sem emoção entre equipas com presença assegurada nas eliminatórias.
Essa realidade tinha sido consumada na véspera e direcionou todas as dúvidas para a disposição final do Grupo D, vencido pela Inglaterra, com sete pontos, três acima de Croácia e República Checa, apurada como um dos quatro melhores terceiros colocados.
Os centro-europeus até tinham partido para esta ronda na liderança, mas terminaram a perder na diferença de golos face aos balcânicos e vão disputar os oitavos de final em Copenhaga na segunda-feira, um dia antes de os britânicos regressarem a Londres.
A Inglaterra acabou invicta a primeira fase de um campeonato da Europa pela quarta vez e terceira seguida, enquanto a República Checa voltou a despedir-se com amargo de Wembley, onde perdeu a final do Euro1996 com a Alemanha (2-1, após prolongamento).
Os britânicos entraram a dominar e exploraram em transição as fragilidades defensivas dos visitantes logo ao segundo minuto, com Luke Shaw a descobrir em profundidade Raheem Sterling, que tentou o ‘chapéu’ à saída de Tomas Vaclik e acertou no poste.
O extremo foi mais feliz aos 12 minutos, ao finalizar de cabeça ao segundo poste uma jogada de insistência pela esquerda, dinamizada entre o goleador Harry Kane e Jack Grealish, incluído no lote das quatro novidades em relação ao ‘nulo’ com a Escócia.
O golo era sintomático da confusão gerada nas marcações forasteiras pela constante alternância de Sterling e Grealish entre o miolo e ala esquerda, onde Kane ultrapassou Ondrej Celustka para obrigar a Vaclik a intervir com a mão esquerda, aos 26 minutos.
Com os mesmos titulares do empate diante da Croácia (1-1), a República Checa lidava com uma inédita desvantagem no Euro2020 e sentiu dificuldades para abastecer um desamparado Patrik Schick, que soma três golos e ficou em ‘branco’ pela primeira vez.
Jordan Pickford voou para afastar um pontapé de fora da área de Tomás Holes, aos 28 minutos, e nem esboçou defesa aos 35, quando Tomás Soucek atirou a centímetros do poste direito, depois de uma tentativa acrobática de Jakub Jankto bloqueada por Shaw.
Sentindo-se intimidada com o acerto na pressão e o maior atrevimento dos visitantes, a Inglaterra readquiriu dinamismo a dois minutos do intervalo, tendo Tomas Vaclik negado com aperto um disparo de Harry Kane, ainda em busca do primeiro tento na competição.
Os pupilos de Gareth Southgate abordaram o reatamento na expectativa e raramente foram mostrando ambição em entrar com bola controlada na área checa, até porque a prioridade era manter a baliza de Jordan Pickford resguardada de qualquer ameaça.
Os anfitriões fortaleceram o meio-campo com Jude Bellingham para a derradeira vintena de minutos, retirando espaços à criatividade dos centro-europeus, que ia escutando o terceiro golo da Croácia na Escócia (3-1) e ‘tombaram’ para o terceiro lugar da ‘poule’.
Nessa altura, Jaroslav Silhavy já tinha retirado Patrik Schick, o cerebral Vladimir Darida e o irreverente Lukas Masopust para entregar o ataque a Matej Vidra e Tomas Pekhart, autor da primeira investida da República Checa na segunda etapa, aos 83 minutos.
Essa incursão foi tão inofensiva quanto a de Alex Kral, aos 90+1, cinco minutos após o árbitro assistente Paulo Soares ter levantado a bandeirola para assinalar fora de jogo ao golo de Jordan Henderson, mantendo a retórica de uma segunda parte de futebol nulo.
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