Educação
Infanta D. Maria em Coimbra assegurou acesso ao superior a 98% dos alunos
Mais de 98% dos alunos do 12.º ano da Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, entraram no ensino superior e desses 75% na primeira fase e no curso que escolheram como primeira opção, disse a responsável pelo estabelecimento.
“Só cinco dos 202 alunos” da escola que se candidataram à universidade ou ao politécnico não acederam ao ensino superior, sublinhou à agência Lusa Helena Simões, diretora em exercício da Infanta D. Maria, que voltou este ano a ser a escola pública do país com melhor média no ensino secundário.
Dos 209 alunos do 12º ano da escola, sete não se candidataram ao ensino superior, revelou a diretora em exercício, adiantando que na primeira fase de candidaturas à universidade, a média dos alunos da escola é cerca de 60% superior à média nacional.
Classificada “desde que são feitos estes rankings” como a melhor escola pública do país, “à exceção de um ano”, o estabelecimento, frequentado por 1 009 alunos, não tem capacidade de resposta para a procura, deixando de receber, nos últimos tempos, o equivalente a duas turmas para cada um dos 7.º e 10.º anos.
“Há pais que querem que os filhos ingressem aqui logo no 7.º ano para começarem a conhecer e a habituarem-se, desde essa altura, ao projeto educativo e ambiente da escola”, salientou Helena Simões.
Estes indicadores são “um sinal de que estamos a trabalhar bem”, sustentou Helena Simões, sublinhando que o mérito deste “trabalho conjunto” pertence “em primeiro lugar aos alunos”, que, “quando entram aqui, já vêm, em regra, com objetivos elevados”.
Os estudantes desta escola “não facilitam, não se dispersam”, o que, no entanto, não significa que reduzam a sua vida à atividade escolar, adverte, referindo que os horários, concentrando as aulas durante as manhãs e deixando completamente livres algumas tardes da semana, são elaborados a pensar também nas atividades extracurriculares e tempos livres dos alunos.
Mas os professores e os pais também têm, naturalmente, responsabilidade no sucesso da escola, adverte a responsável, realçando que os pais e encarregados de educação dos estudantes da Infanta D. Maria “estão muito atentos” e acompanham os filhos e a escola.
“Os professores trabalham muito e em coordenação” entre si, sublinha Helena Simões, referindo que os docentes se reúnem semanalmente para, designadamente, planificarem aulas, elaborarem testes e definirem critérios de avaliação, de acordo com as “linhas orientadoras do projeto educativo” da Infanta D. Maria, realmente vocacionada para preparar os seus estudantes para ingressarem no ensino superior, reconhece.
Há alguns anos, a prestação desta escola era explicada, para além do seu projeto e organização, com razões como a estabilidade e experiência do seu corpo docente, mas hoje estas circunstâncias já não tem tanta influência quanto se possa julgar, advoga Helena Simões.
“Cerca de 30% dos professores” estão a lecionar na escola pela primeira vez, afirma a diretora em exercício, destacando, no entanto, que se trata de docentes “já com bastante experiência” e que se integraram muito bem na dinâmica e cultura da escola.
A origem dos alunos que frequentam a Infanta D. Maria, designadamente no plano socioeconómico, também não é tão homogénea quanto se supõe.
Dos pouco mais de mil alunos do estabelecimento, “cerca de 100 são subsidiados”, afirma Helena Simões, sublinhando que na área de influência direta da Infanta D. Maria, isto é, na zona central da área urbana de Coimbra, há duas outras escolas secundárias do setor público.
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