Cátia Rodrigues comprou uma casa há mais de 20 anos, mas acabou por nunca a usar. De um dia para o outro viu a própria habitação ser invadida e destruída.
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A mulher comprou a casa para viver quando ainda era solteira, mas acabou por casa e nunca se mudou para o imóvel. Em 2013 emigrou para o Reino Unido e deixou as chaves da casa com o sogro que, de vez enquanto, ia ao local ver o imóvel.
Foi numa dessas visitar, a 2 de fevereiro de 2023, que encontrou a casa completamente destruída e um completo cenário de obras. Ao saber da situação, a proprietária ligou para a PSP. Mais tarde, o sogro e as autoridades dirigiram-se ao local onde acabaram por perceber que as pessoas que se encontravam na propriedade não eram ladrões, mas sim funcionários da Gonçalves e Varela, LDA., uma empresa que compra e restaura casas.
A empresa alegava ter comprado a casa que estaria hipotecada às finanças, no entanto, ao apresentar os documentos as autoridades, logo estes repararam que se tratou de um erro e que a empresa tinham destruído a casa errada.
Depois de se concluir que a empresa se enganou na fração, o responsável propôs-se a reparar o que tinha sido estragado. Cátia diz que pediu ao encarregado que deixasse tudo como tinha encontrado, mas o funcionário não terá acedido ao pedido o que levou a proprietária a exigir que não fosse feita mais nenhuma intervenção.
Além disso, a proprietária avançou para tribunal e apresentou uma queixa-crime, não só pela invasão e destruição do imóvel, mas também por terem ficado impedidos de lá entrar.
“Quando chegaram aqui, arrombaram com o canhão da fechadura e meteram o canhão deles”, conta Hilário, sogro de Cátia à CNN.
Em junho de 2024, o Ministério Público arquivou o processo, porque o procurador concluiu não estar em causa qualquer crime.
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