Saúde
INEM reforçado com 200 novos técnicos em janeiro
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai reforçar os quadros com 200 novos elementos, anunciou hoje o presidente, admitindo que as carências de recursos vão persistir.
“Relativamente ao concurso que está a terminar agora, temos 309 candidatos admitidos” para “ocupar 200 vagas e estou convencido que, em janeiro, iremos assinar 200 contratos de trabalho com novos técnicos”, afirmou Sérgio Dias Janeiro, à margem da assinatura de um protocolo com a Liga dos Bombeiros Portugueses.
Em outubro, durante a greve às horas extraordinárias do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, foi avançado que existiam 721 elementos quando o quadro previsto é de 1.480 técnicos.
“Naturalmente, isto não vai resolver, na totalidade, a carência de recursos humanos, mas vai ser um contributo muito importante para melhorar a eficiência e otimizar a operacionalização dos nossos meios de emergência”, afirmou Sérgio Dias Janeiro.
Durante a greve foi aberto um inquérito às mortes que alegadamente estariam relacionadas com falhas no serviço causadas pela paralisação, mas Sérgio Dias Janeiro referiu que o caso já não está com o INEM.
“Esse processo foi avocado pela Inspeção-geral de Atividades em Saúde (IGAS) e, portanto, todos os dados que foram por nós recolhidos foram entregues à IGAS”, disse, alegando desconhecer como está o inquérito.
“Este processo decorre pela entidade mais competente para o efeito”, justificou.
Em dezembro, foi alcançado um acordo com o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) que vai permitir a todos os técnicos um aumento salarial de 256 euros a partir de janeiro.
A insatisfação dos técnicos de emergência pré-hospitalar tinha culminado numa greve às horas extra que teve início a 30 de outubro e que, no dia 04 de novembro, coincidiu com a greve da Função Pública e obrigou à paragem de vários meios de socorro, provocando atrasos de horas no atendimento das chamadas para o INEM.
Depois de diversas denúncias de mortes de utentes alegadamente relacionadas com os atrasos no socorro, o Governo acabou por negociar, o que levou à suspensão da greve.
Sobre o acordo com os STEPH, Sérgio Dias Janeiro disse que “continuam a haver negociações com as restantes federações sindicais”, mas tratam-se “de questões mais de detalhe”, mostrando-se confiante na pacificação do diálogo com os profissionais do setor.
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