O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) assegurou hoje que os seus sistemas de informação são fiáveis e robustos, alegando que têm conseguido responder a mais de 1,5 milhões de chamadas telefónicas anualmente.
“O INEM pode garantir que os sistemas de informação de suporte à atividade de emergência médica são fiáveis e robustos, dando uma resposta competente a mais de 1,5 milhões de chamadas por ano”, adiantou à Lusa fonte oficial do instituto.
O Expresso noticiou que o “atendimento de chamadas de socorro no INEM não vai poder ser feito por robôs”, porque a empresa portuguesa que ofereceu a ferramenta de inteligência artificial (IA) ao instituto considera que o “sistema da emergência médica impossibilita qualquer alteração” e que é “obsoleto e frágil”.
De acordo com o instituto, o sistema do INEM está assente em soluções “garantidas por empresas multinacionais, devidamente certificadas”, que asseguram o acompanhamento e a manutenção permanente do mesmo.
“As ferramentas informáticas complementam o trabalho humano, mantendo-se como objetivo do instituto encontrar sempre as melhores soluções tecnológicas de suporte à atividade dos seus profissionais”, referiu ainda a mesma fonte.
Em comunicado, a Comissão de Trabalhadores do INEM reconhece ser uma realidade que o sistema de triagem carece de melhorias e inovação, tanto a nível tecnológico como clínico, mas realçou ser “absolutamente falso que o mesmo se encontre numa situação de “bomba-relógio” e de colapso eminente”.
“O sistema tem servido a população com segurança e ainda no ano transato conseguiu enviar mais de um milhão e meio de meios de emergência médica e vai continuar a fazê-lo”, referiu a organização representativa dos trabalhadores do instituto.
“O INEM não precisa de um sistema de substituição incapaz de lidar com as subtilezas do discurso e análise humano, mas sim de uma atualização de recursos informáticos que permita aos profissionais utilizar as ferramentas tecnológicas em benefício da rapidez e eficiência da tarefa e consequentemente do cidadão”, alertou a comissão de trabalhadores.
Referiu também que o problema se encontra em resolução com a contratação de recursos humanos para o INEM e, em particular, para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e que “nenhum sistema informático poderá substituir um profissional de saúde”.
Já a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) referiu que, por diversas vezes, fez chegar aos responsáveis da área as suas preocupações relativas ao “mau funcionamento operacional dos CODU, a sua incapacidade para receber, triar e priorizar todos os pedidos de ajuda por parte da população”.
Segundo a associação, essa situação tem levado a um “número alarmante” de chamadas perdidas e não recuperadas.
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