Incêndios: Veterinários ajudam a preservar ovelhas da Serra da Estrela
A Ordem do Médicos Veterinários (OMV) quer ajudar a preservar os ovinos autóctones da Serra da Estrela, ameaçadas pelos incêndios de outubro de 2017, ao abrigo de dois protocolos celebrados hoje, em Coimbra.
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O apoio da OMV, liderada pelo bastonário Jorge Cid, passa pela entrega de mais de 21.200 euros à Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE) e à Associação Agropecuária de Vale de Besteiros (AAPVB), com sedes em Oliveira do Hospital e Tondela, cujo objetivo é o repovoamento de ovelhas de raças regionais cujo leite é usado na produção do queijo com denominação de origem protegida (DOP) Serra da Estrela.
“Todos fazemos um esforço muito grande para que nenhum destes animais seja vendido para consumo”, no caso das fêmeas, disse Jorge Cid à agência Lusa, realçando a importância de os criadores e queijeiros poderem repor os efetivos dizimados pelos fogos de 15 e 16 de outubro, garantindo que as genuínas ovelhas bordaleiras e outras da região terão continuidade no futuro.
Estas ovelhas deverão ser destinadas apenas à reprodução e à consequente produção de leite, a matéria-prima do queijo e do requeijão DOP Serra da Estrela, em cujo território também o borrego está certificado com denominação de origem protegida.
Na opinião do bastonário da Ordem do Médicos Veterinários, importa “não perder este património genético nacional, que ficou em risco” na sequência dos incêndios.
A reposição dos anteriores níveis de produção do queijo certificado Serra da Estrela demorará vários anos, mas a qualidade não foi afetada pelos incêndios, assegurou a direção da ANCOSE à Lusa, há duas semanas.
Idêntico protocolo foi assinado, na manhã de hoje, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, entre a OMV e autarquias da região, “para ajudar ao repovoamento” de pequenos ruminantes nesta “zona fortemente afetada pelos trágicos incêndios” de junho do ano passado, segundo uma nota da instituição.
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