Mais de uma semana após o cancelamento inesperado, realizou-se esta manhã, 24 de abril, no Largo de Dom Dinis, em Coimbra, a aguardada inauguração da estrutura comemorativa “E tu, pedes a palavra?”, evocando a histórica Crise Académica de 1969.
O momento simbólico contou com a presença de várias figuras marcantes da academia e da cidade, entre as quais Carlos Magalhães, presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), Amílcar Falcão, reitor da Universidade de Coimbra, e Jorge Castilho, presidente da Associação de Antigos Estudantes de Coimbra.
O monumento agora erguido junto ao Departamento de Matemática pretende homenagear a coragem e a luta dos estudantes que, há 56 anos, desafiaram a repressão e marcaram indelevelmente a história da democracia portuguesa. A estrutura convida à reflexão sobre o papel da juventude no processo de democratização do país e lança o repto às novas gerações: “E tu, pedes a palavra?”
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A cerimónia decorreu com normalidade contrastando com o episódio do passado dia 17 de abril, quando o evento foi cancelado sem aviso prévio, supostamente devido a “condições climatéricas” — numa manhã em que o céu de Coimbra se apresentava limpo e solarengo.
A instalação pretende não só evocar o passado, mas também alertar para os desafios atuais do ensino superior e incentivar o debate estudantil. A iniciativa insere-se nas comemorações oficiais da Crise Académica, numa altura em que se reforça a importância da memória coletiva e da participação ativa na vida universitária e cívica.
A estrutura ficará de forma permanente no Largo de Dom Dinis, um dos espaços mais simbólicos da Universidade de Coimbra, servindo como testemunho vivo do poder da palavra e da ação estudantil.
(EM ATUALIZAÇÃO)
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