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Ikea avança para ‘lay-off’ pago a 100%
A Ikea Portugal anunciou hoje que vai aderir ao ‘lay-off’ simplificado criado pelo Governo, a partir de 13 de abril, e garantiu o pagamento da totalidade das remunerações base aos trabalhadores.
“No seguimento do surto de coronavírus que está a afetar o mundo, e o consequente encerramento temporário das suas lojas ao público, a Ikea Portugal irá implementar, a partir de 13 de abril, a medida criada pelo Governo português para apoiar a manutenção de empregos durante a crise da covid-19, garantindo a totalidade das remunerações base de todos os colaboradores”, informou, em comunicado, a vendedora de móveis domésticos de origem sueca.
Desde o dia 18 de março que a Ikea Portugal mantinha apenas parte da sua atividade de e-commerce, continuando, ainda assim, a assegurar o pagamento total dos salários aos trabalhadores.
A decisão para avançar para o regime de ‘lay-off’ relacionou-se, diz, com o impacto comercial que o encerramento das lojas ao público está a ter e com a incerteza quando à data de reabertura.
“Assim, a Ikea Portugal, em alinhamento global, decidiu adotar medidas excecionais e temporárias de proteção dos postos de trabalho, através da implementação do sistema de ‘lay-off’ simplificado temporário durante um período de 30 dias, eventualmente renovável nos termos da lei”, acrescentou.
A medida vai abranger cerca de 65% dos colaboradores das lojas, escritórios e centro de apoio ao cliente.
Uma vez que a empresa vai manter o funcionamento da sua loja ‘online’, os colaboradores com funções nesta área, ou noutras que sejam essenciais, vão manter os seus horários, ainda que com algumas adaptações.
A Ikea Portugal garantiu, ainda, que todos os colaboradores abrangidos pelo ‘lay-off’ vão continuar a poder usufruir do seguro de vida e de saúde da empresa, bem como o acesso a plataformas de apoio, como a linha de apoio interna a todos os colaboradores durante a pandemia do novo coronavírus, ou o programa criado para orientar e apoiar colaboradores que enfrentam desafios pessoais relacionados com saúde, problemas de dependência, violência doméstica, instabilidade financeira, entre outros.
Na segunda-feira, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, adiantou, numa conferência de imprensa após a reunião da Concertação Social que se realizou por videoconferência, que até àquele momento tinham se candidatado ao ‘lay-off’ simplificado criado pelo Governo 33.366 empresas, correspondente a um universo de 556.751 trabalhadores
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