Coimbra
Idosa que estava debaixo da ponte do Calhabé já foi realojada
A idosa que estava a morar debaixo do viaduto do Calhabé, em Coimbra, depois de a casa que habitava ter sido demolida no âmbito das obras do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), já foi realojada. Após a reportagem de ontem do Notícias de Coimbra, a vereadora que tem o pelouro da Ação Social e da Habitação Social, esteve no local e a mulher já saiu de debaixo da ponte.
Maria Rosa de Jesus, de 70 anos, esteve a viver sob o viaduto cerca de 15 dias, ao relento, após a Casa de Guarda de Linha, na passagem de nível de São José, que ocupava ilegalmente, ter sido demolida pela Infraestruturas de Portugal (IP) para a construção do troço do Metrobus, entre o Alto de São João e a Portagem. Ao NDC, a idosa que sofre de diabetes, contou que não era proprietária nem arrendatária, mas tinha ocupado a casa porque “estava aberta” e já tinha sido “despejada” de uma outra habitação, também essa demolida, a poucos metros.
A septuagenária é da zona de Castelo Branco mas veio para Coimbra onde tem o marido e dois filhos, de quem quer estar mais perto, detidos na Penitenciária.
Contactada pelo NDC, ontem, a Câmara Municipal de Coimbra deu conta que os técnicos de Ação Social e de Habitação Social estavam a “acompanhar intensamente a situação reportada desde a semana passada”. Esclarecendo que “não existiam habitações municipais disponíveis para a realojar”, mas que tinha sido feito um contacto com o Centro de Acolhimento João Paulo II que acedeu “garantir o pagamento da renda de um quarto durante dois meses”, no entanto, a idosa só aceitava ir para onde “pudesse levar a sua mobília”.
Entretanto a vereadora Ana Cortez Vaz, que tem o pelouro da Ação Social e da Habitação Social, deslocou-se ao Calhabé e, em conjunto com a idosa encontrou uma solução. “A senhora foi alojada em casa de uma amiga que não sabia a situação em que se encontrava”, disse fonte do município. A autarquia disponibilizou transporte para os bens de Maria Rosa Jesus e para o seu filho, que veio da Lourinhã para a acompanhar, até à Rodoviária para que regressasse a casa.
Esta manhã, o espaço, na Praça 25 de Abril, debaixo do viaduto que foi a “casa” da septuagenária durante as últimas duas semanas já estava limpo e Maria Rosa com um teto que a permite manter-se próxima dos familiares detidos mas com condições dignas.
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