Na noite de 13 de agosto, Monte Formoso foi novamente palco de uma sessão de observação de borboletas noturnas dirigida por Pedro Pires. A atividade integra o programa de educação ambiental do São flores, Coimbra!, uma iniciativa do Jardim Monte Formoso que visa sensibilizar para a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas em meio urbano.
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Desta vez, o ponto de encontro foi mesmo às portas do Bairro, no terreno da Fundação Bissaya Barreto, gentilmente cedido para a realização desta atividade.
A partir das 21:00 e até à 1:00 da manhã, mais de duas dezenas de participantes juntaram-se à volta de uma armadilha luminosa e muitas caixas de ovos vazias para esperar pela chegada das borboletas que são atraídas pela luz e que aproveitam as caixas para se refugiarem. “Foi incrível poder observar de perto estas criaturas fascinantes. Elas poisam mesmo em cima de nós!”, comentou um dos participantes.
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Além de contribuir para aumentar o conhecimento sobre a diversidade de espécies de borboletas noturnas (mais de 2.600 em Portugal) e sobre o papel vital que estas desempenham no equilíbrio dos ecossistemas, a organizadora, Catarina Maia, destacou o potencial que estas atividades têm para chamar a atenção para a necessidade de repensar a gestão dos espaços verdes, tendo em conta a frequência dos cortes, o uso de herbicidas e a poluição luminosa.
Pedro Pires referiu que, apesar de 2024 estar a ser um ano especialmente mau no que diz respeito ao registo do número de insetos na Europa, ainda assim foram identificadas mais de 40 espécies nesta sessão, o que é bastante surpreendente e encorajador. Entre as borboletas que causaram mais espanto entre os participantes está a Catocala optata, uma borboleta relativamente grande da família dos Erebidae que possui cores vermelhas nas asas posteriores que servem de alarme a possíveis predadores. Outra espécie interessante foi a pequena Acontia trabealis, com o seu padrão amarelo e negro, a fazer lembrar um tigre ou um leopardo, que deixou todos maravilhados quando observada de perto.
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Já a pensar nas próximas sessões em 2025, somos levados a refletir sobre formas de contribuir para a conservação deste grupo de organismos. As borboletas noturnas garantem a polinização e reprodução de muitas plantas essenciais para a nossa sobrevivência e servem elas próprias de alimento para diversas espécies de animais, como aves, morcegos, sapos, entre outros. A promoção de atividades como esta não só contribui para a recolha de dados importantes, mas também sensibiliza a população para o seu papel na preservação da biodiversidade e dos ecossistemas urbanos.
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