Ideia de negócio para tratar lesões da pele vence concurso na região Centro
Um projeto de comercialização de produtos à base de uma planta medicinal para tratar lesões da pele venceu hoje a quarta edição do Concurso de Ideias de Negócio nas Escolas da região Centro.
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A proposta de valor da marca “Quicly Heal” (cura rápida), apresentada por alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil (EPTOLIVA), baseia-se na “criação de produtos na área da saúde utilizados para o tratamento de lesões na epiderme”.
“Os produtos apresentam-se no mercado sob a forma de um penso biodegradável e uma solução desinfetante 100% natural, com propriedades antibacterianas, feita a partir de extratos da celidónia, planta que é usada pelas gentes locais para tratar pequenas lesões na epiderme”, segundo uma nota da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), com sede em Coimbra, que organizou o concurso.
O projeto da EPTOLIVA, com sede em Oliveira do Hospital, representou a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra.
A presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, disse à agência Lusa que, independentemente da atribuição de prémios aos vencedores, o concurso contribui “para construir uma cultura e mudar atitudes” entre os participantes, como futuros empreendedores.
“É importante desenvolver nos nossos jovens o à vontade, o espírito de equipa e de iniciativa”, acrescentou.
A participação no concurso, envolvendo escolas de diferentes CIM do Centro, “ajuda a desenvolver essas competências nos jovens”, enquanto empreendedores a título individual, mas também na resposta às “exigências do mercado de trabalho”, como trabalhadores por conta de outrem, disse ainda Ana Abrunhosa.
Em segundo lugar classificou-se a proposta “COLTEC”, apresentada pela Escola Secundária de Estarreja, em representação da CIM da Região de Aveiro.
Esta ideia de negócio consiste no desenvolvimento de um colete tecnológico “que integra nas costas um ecrã (‘display’) de leds (díodo emissor de luz) para a passagem de sinais rodoviários e texto, com o objetivo de diminuir a sinistralidade rodoviária para ciclistas e peões”.
A Escola Profissional do Fundão, da CIM Beiras e Serra da Estrela, ficou em terceiro lugar, com a ideia de negócio “Lumpslipps”, para a produção de chinelos com “materiais endógenos de origem natural como a cortiça, o burel e os caroços de cereja”.
Ao longo do ano letivo que está a terminar, várias escolas básicas, secundárias e profissionais promoveram “ações de sensibilização para o empreendedorismo junto da população escolar”, com o acompanhamento dos professores, segundo uma nota da CCDRC.
“As ações ao nível de escola culminaram na realização de concursos municipais de ideias de negócio e posteriormente nos concursos intermunicipais, com a forte colaboração das CIM”, adianta.
Ao organizar este concurso, a CCDRC pretende “sensibilizar e motivar os jovens para a inovação e o empreendedorismo, promovendo a iniciativa e o dinamismo nas comunidades onde se inserem”.
Em cada edição da iniciativa, é eleito o “aluno empreendedor da região” entre os representantes das comunidades intermunicipais.
Composto por representantes de entidades públicas e privadas, “com reconhecido mérito na área empresarial e na promoção do empreendedorismo” na região, o júri pondera o grau de inovação de cada projeto finalista e a sua exequibilidade, bem como “o impacto para o território, a estruturação e o desenvolvimento de cada ideia” apresentada.
Desta vez, o júri integrou Ana Palmeira (Universidade da Beira Interior), António José Correia (presidente da Câmara Municipal de Peniche), Carlos Cerqueira (Instituto Pedro Nunes, de Coimbra), Domingos Chambel (TRM – Fábrica de Travões de Abrantes), Francisco Mendes (BEEVC – Electronic Systems, de Ílhavo) e Vera Cunha (Escola de Hotelaria de Coimbra).
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