Notícias de Coimbra sabe que a Idealmed – Unidade Hospitalar de Coimbra SA (Idealmed HUC) rescindiu o contrato de cedência de exploração do hospital de Coselhas a uma sociedade controlada pela Luz Saúde.
Alega que o “arrendatário” não podia ter mudado o nome de estabelecimento comercial de Idealmed para Hospital da Luz Coimbra.
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A dona do espaço, uma empresa do ex-emigrante Carlos Dias, fundador do grupo Ideal Tower, exigiu à Luz Saúde a desocupação imediata do espaço do hospital, bem como pagamento de mais de 38 milhões de euros.
Uma fonte ligada a este negócio salienta que este pedido da Idealmed surge depois da Luz Saúde ter constatado que o que encontrou em Coimbra não foi o que “lhe venderam”, o que poderá fazer com que Carlos Dias receba menos do que foi acordado.
Recordamos que, em Março de 2017, Notícias de Coimbra avançou que a Idealmed – Unidade Hospitalar de Coimbra cedeu a exploração à Idealmed III (atualmente Hospital da Luz Coimbra SA), por um período de vinte anos, da Unidade Hospitalar de Coimbra.
O nosso jornal também adiantou que controlo desta Ideamed III foi assumido pela Capital Criativo, que depois informou “publicamente que adquiriu ao Grupo Idealtower a totalidade do capital social das sociedades Idealmed III – Serviços de Saúde, S.A., Imacentro – Clínica de Imagiologia Médica do Centro, S.A. e Idealmed Ponte Galante, S.A. (em conjunto, Idealmed), sociedades líderes na prestação de cuidados de saúde na região Centro”.
A aquisição de 70% da participação na sociedade Capital Criativo Health Care Investments II, dona da Unidade Hospitalar de Coimbra, foi anunciada pela Luz Saúde em janeiro de 2018.
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Em meados do ano passado, a Idealmed – Unidade Hospitalar de Coimbra, adotou a designação Hospital da Luz Coimbra, o que pelos vistos não agradou ao proprietário do espaço.
O grupo com sede em Lisboa anunciou nessa data que a Idealmed – Unidade Hospitalar de Coimbra, adquirida pelo Grupo Luz Saúde, mudou de nome e passou a designar-se Hospital da Luz Coimbra.
A nova identidade reflete a integração na rede Hospital da Luz, que assim reforça a sua capacidade assistencial na zona Centro do país, acrescentou o grupo liderado por Isabel Vaz.
Esta mudança não agradou ao cedente, que, em Dezembro de 2018, resolveu o contrato de cedência de exploração, alegando para o efeito que não poderia ter sido mudado o nome de estabelecimento de Idealmed – Unidade Hospitalar de Coimbra para Hospital da Luz Coimbra, tendo exigindo a desocupação imediata do locado e o pagamento de mais de 38 milhões de euros.
O Hospital da Luz Coimbra, S.A., surpreendido com a posição de Carlos Dias, intentou um “providencia cautelar”, processo que decorre no Juízo Central Cível de Coimbra – Juiz 2.
Uma fonte ligada ao negócio afiança que, no âmbito desta ação, a sociedade detida por capitais chineses pediu que a Idealmed Unidade Hospitalar de Coimbra não adotasse nenhuma atuação da qual pudesse resultar o despejo ou outra forma de desocupação do imóvel pela Hospital da Luz Coimbra.
Também solicitou que a sociedade Idealmed UHC não praticasse qualquer ato que afetasse o normal gozo e fruição pela Hospital da Luz Coimbra e que a Idealmed UHC cumprisse o contrato de cedência de exploração.
Em Fevereiro de 2019, no âmbito da audiência de julgamento da providência cautelar, o Hospital da Luz Coimbra e a Idealmed UHC acordaram em colocar um ponto final à providência cautelar, contra a obrigação da Idealmed UHC não requerer quaisquer medidas das quais resulte a desocupação do hospital, nomeadamente procedimentos cautelares de restituição de posse, sem que seja concedida a audiência prévia da Hospital da Luz Coimbra, S.A.
Notícias de Coimbra sabe que neste momento não existe acordo em relação ao que está em discussão, designadamente quanto ao pedido de manutenção e cumprimento do contrato de cedência de exploração, pelo que as partes vão regressar ao tribunal para tentarem chegar a acordo sobre a continuidade da exploração do hospital privado de Coimbra pela sociedade Hospital da Luz Coimbra S.A.
Notícias de Coimbra contactou as partes em conflito, que, apesar de entenderem não ser oportuno prestar declarações, confirmam o desacordo contratual.
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