Cidade

Ida da PSP a Santa Clara: José Simão insurge-se contra “vil trapalhada”

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 17-06-2020

O presidente da Junta da UF de Santa Clara e Castelo Viegas rotula de “vil trapalhada” o episódio ocorrido, ontem (16), na autarquia, a cuja sede a PSP foi chamada por um autarca que alega ter sido impedido de consultar documentação inerente à prestação de contas.

Para José Simão (PSD), que remeteu a NOTÍCIAS de COIMBRA uma posição intitulada “Socialistas de Santa Clara em pânico”, tratou-se de um episódio que “só envergonha o Poder Local, transformando a nobreza da política em arruaça condenável”.

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“Será que o presidente da Assembleia da União de Freguesias [José Carlos Clemente], que é ao mesmo tempo adjunto nomeado por Manuel Machado, ganhando mais 1 000 euros do que o presidente da Junta, não devia permanecer no seu posto de trabalho em vez de estar em Santa Clara a dar protecção a esta vil trapalhada”?, questiona o autarca social-democrata.

Quanto a Ramiro Simões (PS), vogal do órgão executivo, José Simão declara que ele “parece não ter vergonha na cara quando tenta denegrir a Junta de que faz parte”.

Simões, que não participou na sessão realizada para aprovação do relatório e contas do exercício de 2019, quis consultar os documentos que irão ser sujeitos ao escrutínio da Assembleia da UF.

Para José Simão, houve “três indivíduos conotados com o PS a tentar copiar documentos pessoais” e, “impedidos de praticar essa ilegalidade, chamaram a PSP”.

“Embora não fossem escolhidos pelo povo para governarem ocupam lugares” no órgão executivo (Ramiro Simões) e na Assembleia da UF (José Carlos Clemente e António Neves), acrescenta José Simão.

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O Partido Socialista está representado naquele órgão executivo, por Ramiro Simões e Filipa Nobre, ao abrigo de um acordo alcançado com o PSD para definir a composição da sobredita Junta.

“Onde estão os dirigentes do PS e do PSD para dar resposta ou tomar posição sobre esta vergonha, sendo que foram eles a fazer a parceria de cavalheiros no sentido de valorizar esta União de Freguesias”?, pergunta o presidente de Junta.

Disponível, a partir de sexta-feira (19), para mostrar a todos os fregueses documentos, mesmo os pessoais, Simão acusa os três autarcas de tentativa de “devassa da vida privada de quem se dedica por inteiro à causa pública”.

“Os documentos que tentaram obter, de forma ilegal, são pessoais e pouco interesse têm na medida em que se trata de facturas de compras e de refeições pagas por mim e entregues na Junta para efeitos de IRS, entrando nas despesas de representação fixas liquidadas pela Direcção-Geral das Autarquias Locais” (DGAL), diz o autarca social-democrata.

Ao afirmar ser “o gestor mais barato” da União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas, José Simão justifica a alegação dizendo que “ordenado e despesas de representação fixas são pagos pela DGAL”.

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