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Ibiza Spiderman, o “Filipe Albuquerque da dança” (com vídeos)

Cátia Vicente | 2 anos atrás em 26-10-2022

Paulo Marques, o Spiderman Ibiza Bora Bora, esteve 40 horas a dançar na ilha de Ibiza, em Espanha, no encerramento da mítica discoteca Bora Bora Beach Club, entre 15 e 17 de outubro. Com 62 anos e natural de Coimbra, este técnico superior da Câmara Municipal aposentado já tem a agenda preenchida até ao final do ano para dançar em prestigiadas discotecas de todo o mundo. 

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O El País considera-a a “última discoteca hippie de Ibiza”. Foi o primeiro beach club da ilha e fechou definitivamente ao fim de 40 anos de atividade. Nas últimas duas décadas Spiderman  foi presença assídua como dançarino e performer no Bora Boa de Ibiza e, claro, não faltou à última festa.

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“Foi fantástico, para já pelo ambiente e pela recetividade que tive”, afirmou ao Notícias de Coimbra, explicando que não ia a Ibiza desde antes da pandemia e tinha alguma expetativa em relação à reação das novas gerações. “Mal punha o facto era uma coisa inacreditável, as pessoas acercavam-se de mim, simpatiquíssimas, alegres, livres”, conta o perforer  que também adotou o nome artístico de Paulo Eno.

“O Bora Bora era uma discoteca livre e eu encarno esse espírito perfeitamente”, assegura. Sempre vestido com um fato de Homem-Aranha e calçando umas sapatilhas do criador Karl Lagerfeld, que admira, e para quem já dançou num desfile.

“Represento Ibiza em dança a nível internacional, tanto na Europa como nos Estados Unidos”, explica. Garante que não bebe álcool nem consome substâncias ilícitas. O segredo? Estar rodeado de “mulheres bonitas e desinibidas”. Junta-se o ambiente de Ibiza, de praia, com temperaturas amenas e é o cocktail perfeito.

“Danço livremente e com a minha forma de dançar ponho as pessoas também a dançar e desinibidas”, sublinha o performer. “A minha velocidade só é comprável a um nome do desporto automobilístico, o Filipe Albuquerque. Ele no automobilismo e eu a dançar de uma forma altamente automobilística a 300 à hora”, brinca.

 

Dadaísta, experimentalista, punk, rocker, dançarino, performer, homem da arte e da cultura, um espírito livre, Paulo Marques criou o estilo de dança “Ibiza Freestyle”.  Em 1977 fundou uma das primeiras bandas punk de Portugal, os Curto Circuito, mais tarde a polémica associação Objectos Perdidos e as bandas 77 e Parkinsons. Mick Jagger, de 79 anos, é uma inspiração.

Em Coimbra já dançou na extinta discoteca Via Latina, nas revival nights do NB e agora é frequente encontrá-lo no Pinga Amor. Ainda este ano vai dançar em festas no Luxemburgo, Inglaterra e Áustria. Para o ano segue com o amigo David Guetta para o Pacha de Nova Iorque e depois para festas em piscinas em Las Vegas.

Até quando vai dançar? “Hasta la muerte”.

Veja a entrevista de Paulo Marques ao Notícias de Coimbra:

Veja uma performance exclusiva dedicada ao Notícias de Coimbra: 

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