Coimbra

“Hospital dos Covões com cuidados cirúrgicos em risco”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 13-05-2018

A Urgência do Hospital Geral, unidade que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), está sem capacidade de resposta nalguns turnos de cirurgia.

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A informação é avançada pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), entidade que adianta que a partir de junho, nem sequer será possível cumprir os requisitos mínimos definidos pelo respetivo colégio de especialidade para constituir uma equipa de cirurgia naquele Serviço de Urgência.

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“Está a ser destruído um polo importante da Saúde em Coimbra que merecia ser valorizado”, denuncia o  presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes. “Já há dias em que a escala é constituída apenas por um especialista e um interno. E, durante a noite, apenas está escalado um cirurgião”.

Perante esta realidade, a SRCOM condena as graves irregularidades no Serviço de cirurgia do Hospital Geral – vulgo Hospital dos Covões – e exorta os responsáveis do Ministério da Saúde a pôr cobro a esta situação alarmante.

Assume Carlos Cortes: “Esta é uma situação gravosa para os doentes. A inexistência de uma escala completa de cirurgiões na urgência deste hospital constitui uma ameaça para a população. Deixar de ter médicos para operar em situações urgentes ou emergentes não é digna de um serviço de urgência de um país civilizado”. 

Pouco a pouco, alerta, “o Hospital dos Covões está ser esvaziado das suas valências não sendo aproveitada a enorme mais-valia que esta unidade representa. É um atentado à prestação dos cuidados de saúde e é um incompreensível desperdício financeiro”.

O problema agravou-se agora com a ausência de concurso para os dois cirurgiões recém-especialistas. Resultado: a partir de junho, não será possível cumprir os requisitos mínimos definidos pelo respetivo colégio de especialidade para o serviço de urgência.

A situação é de tal modo grave que estão a ser desencadeados os procedimentos atinentes a verificar se o serviço poderá continuar a servir os doentes. “A Ordem dos Médicos está particularmente atenta e não deixará de pugnar pela existência de cirurgiões nas urgências do Hospital dos Covões. Mas esta situação é apenas uma das partes visíveis das tremendas dificuldades naquela unidade do CHUC. O problema de base é deixar desaparecer um Hospital inteiro quando se deveria ter mais ambição e aproveitar as instalações de modo a oferecer mais cuidados diferenciados e alargados”, declara.

Recorde-se que, de acordo com o que define o Colégio de Cirurgia da Ordem dos Médicos, “o número mínimo da equipa de Cirurgia Geral na Urgência é de três especialistas, podendo um ser substituído por um Interno dos três últimos anos de especialidade. Também está definido que, no caso de necessidade de intervenção cirúrgica, deverá haver, no mínimo, três cirurgiões no hospital, com conhecimento e capacidade para executar a intervenção”.

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