Saúde

 Hospitais privados reafirmam disponibilidade para recuperar a atividade

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 02-06-2021

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) reafirmou hoje em Coimbra que o setor privado da saúde continua disponível para apoiar a recuperar a atividade assistencial não-covid.

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“Continuamos disponíveis para ajudar a recuperar a atividade cirúrgica, assim como nas consultas de especialidade”, afirmou Óscar Gaspar, que falava num debate do Congresso Nacional da Ordem dos Médicos, que decorre em Coimbra.

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O responsável recordou que a Ordem dos Médicos já defendeu “há muitos meses” a criação de um plano de recuperação da atividade assistencial não-covid, notando que, passado todo este tempo, o setor ainda continua “à espera desse plano” por parte do Governo.

O presidente da APHP referiu que, apesar de os números indicarem uma recuperação da atividade por parte dos hospitais, os dados continuam “abaixo dos níveis de atividade de 2017”.

“É desta a grandeza do problema que temos entre nós. Era muito importante haver esse plano extraordinário de recuperação da atividade assistencial”, frisou.

Antes, Óscar Gaspar fez um resumo do impacto da pandemia de covid-19 na atividade do setor privado da saúde, notando as quebras quer nas cirurgias, consultas de especialidade ou episódios de urgência, tendo esta última área registado uma quebra de 45% face àquilo que seria um ano normal.

“Houve uma quebra de atividade muito pronunciada em 2020. Muitos portugueses deixaram de ter os tratamentos adequados, porque os próprios cidadãos não quiseram frequentar as instituições de saúde ou porque as próprias instituições não conseguiram dar assistência”, disse.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que participou no final do debate, realçou que não basta recuperar os níveis de atividade prévios à pandemia, mas sim fazer mais do que era feito antes.

“O problema não é os doentes que estão na lista de espera, não é os doentes que estão à espera de uma consulta hospitalar. O grande problema são os doentes que não chegaram a entrar no sistema, que não têm rosto, que não têm diagnóstico, que não têm tratamento”, frisou.

Para Miguel Guimarães, é necessário encarar essa situação como “um problema sério”, considerando que, face à capacidade instalada, o país vai “precisar, de certeza, da colaboração e da ajuda quer do setor social, quer do setor privado”.

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