Crimes

Homem terá recebido telefonema momentos antes de atacar Centro Ismaelita (vídeo)

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 29-03-2023

Foi um alegado telefonema a meio de uma aula de Português nas instalações do Centro Ismaelita de Lisboa, na terça-feira de manhã, 28 de março, que deixou Abdul Bashir, de 28 anos, agitado. Sem mais demoras, o afegão levantou-se e atacou o professor com uma faca de grandes dimensões, atingindo-o no pescoço, revela o Correio da Manhã.

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Quem estava no interior relata o pânico vivido. Farana Sadrudin, de 48 anos, e Mariana Jadaugy, de 24, ajudavam refugiados no Centro Ismaelita. Aproximaram-se da sala “para perceber o que estava a acontecer e foram atacadas da mesma forma. O professor resistiu e está internado no Hospital de Santa Maria, mas as duas mulheres, portuguesas e muçulmanas, não sobreviveram”, pode ler-se na notícia.

Os agentes da PSP deslocaram-se num ápice até ao teatro das operações, pois “estavam de gratificado na Loja de Cidadão, a pouco mais de 20 metros da entrada do Centro Ismaili”, refere. O refugiado assim que viu os militares e após a ordem destes para recuar e largar a arma, o agressor avançou com a faca na mão na direção da polícia que reagiu a tiro, atingido o homem nas pernas.

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Perante as escassas informações na altura, pelo próprio ataque violento num local de culto religioso, “a PSP agiu como se estivesse em curso um atentado terrorista. Mobilizou cerca de 60 operacionais das Unidades de Elite, com armamento pesado e coletes balísticos, que poucos minutos depois tinham o Centro Ismaili cercado”, informa o CM que acrescenta que, para já, a Polícia Judiciária “não afasta a hipótese de motivações religiosas.”

Ainda não foi possível apurar o que levou o homem a cometer o crime e falta também perceber quem ligou a Bashir momentos antes do ataque.

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A vítima mais velha, Farana Sadrudin era engenheira informática e terminou curso na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, em 2006. Mariana era licenciada em Ciências Políticas e Relações Internacionais pela Universidade Nova.

De acordo com relatos dos vizinhos, Bashir era calmo e falava das crianças com carinho. “Via-as muitas vezes a brincar. O mais velho parecia muito responsável, tomava conta dos irmãos” e “sem sinais de radicalismo islâmico.” Recorria ao Centro Ismaelita muitas vezes para ir buscar comida e era onde aprendia Português.

O homem licenciado, de 28 anos, gravou um vídeo onde demonstrava profunda tristeza por não o conseguirem ajudar. Dizia que tinha pedido ajuda ao Centro de Asilo da União Europeia, mas ninguém lhe dava respostas. 

De acordo com o Correio da Manhã, o agressor foi operado entre as 13:00 e as 17:00 e fica para já internado, estando a ser vigiado pelas autoridades. Assim que receber alta hospitalar será detido e presente a tribunal, para primeiro interrogatório judicial. 

Veja o vídeo que circula sobre o pedido de ajuda de Abdul Bashir:

 

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