Coimbra
Hoje: Jornada Mundial da Juventude em modo Queima das Fitas em Coimbra
Jovens juntaram-se hoje à tarde na Praça da Canção, em Coimbra, onde decorre o For God Shake Festival. A antecipação da Jornada Mundial da Juventude celebra-se num encontro entre culturas, da salsa porto-riquenha a danças indianas.
Na Praça da Canção, local onde se realiza todos os anos a Queima das Fitas e a Latada, não faltam barracas de farturas, bifanas, porco no espeto e cerveja, num recinto que, às 16:00, ainda estava longe de estar cheio.
Apesar de uma tarde quente, aquele local descampado foi começando a receber grupos de jovens de diferentes países, que estão por Coimbra, antes de rumarem a Lisboa para a Jornada Mundial de Juventude (JMJ).
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Desde as 14:00, que a animação se faz no palco secundário do festival, onde grupos de peregrinos de diferentes países vão tocando e dançando músicas dos seus países, ouvindo-se tanto a salsa porto-riquenha como danças inspiradas no cinema indiano (‘Bollywood’), canções de inspiração cristã ou até alguns êxitos pop recentes.
Hugo Monteiro, coordenador do comité diocesano de Coimbra, responsável pelo festival, olhava para a plateia junto ao palco secundário, onde se viam bandeiras de diferentes países entre o público que saltava e dançava, e comentava: “Isto é que é a Jornada”.
“A Jornada Mundial da Juventude é celebrar a multiculturalidade, com peregrinos de todos os países. É ter esta gente toda junta”, disse à agência Lusa o responsável, que ficou rendido ao evento, quando participou na iniciativa em 2005, em Colónia, Alemanha.
Segundo Hugo Monteiro, espera-se que o recinto da Praça da Canção receba hoje cerca de 20 mil pessoas, com as principais atuações a decorrerem entre as 20:30 e as 00:30, no palco principal.
“Tem sido muito, muito bom”, dizem Alex, Jonas e Leonard, jovens de 16 anos da Alemanha, que chegaram na quarta-feira a Coimbra, realçando a possibilidade de conhecer “pessoas de todo o mundo”.
Três jovens voluntários portugueses de Coimbra, que tentam garantir que nada falta a grupos de peregrinos do Panamá, Polónia e Itália, também apontam para o encontro entre diferentes culturas e as trocas que acabam por acontecer como um dos aspetos fundamentais da JMJ.
“Tem sido um crescimento pessoal enorme”, diz Tiago.
Os amigos Guilherme e Martim corroboram e antecipam para hoje o momento alto de toda a semana que antecipa a JMJ.
“Hoje, é a festa a sério”, vincam.
Um grupo de porto-riquenhas vestidas com as cores da bandeira do seu país acabaram de atuar no palco secundário e vão tirando fotos com peregrinos de todo o mundo.
“É muito bonito, porque são muitos idiomas, muitos países, mas é a mesma fé que nos move”, vinca uma das jovens, entre fotografias.
Eliud González é um dos 82 panamenhos que está por Coimbra e mostra-se muito agradado com a cidade, “muito bonita e com uma cultura de portas abertas”, tal como o seu país.
Apesar de valorizar o encontro entre culturas, Eliud vinca que o mais importante será poder “ver o papa mais de perto”.
“É algo pelo qual todos nós ansiamos”, salientou.
Zako Joyce, do Uganda, é já uma ‘veterana’ no que toca à Jornada Mundial da Juventude, tendo apenas falhado um ano desde que participou pela primeira vez em 2000, em Itália.
“Para mim, estar junto do papa foi algo que eu nunca hei de esquecer. O que torna o evento especial é celebrar-se a humanidade e não este ou aquele povo. A centralidade está em Jesus Cristo e em mostrar que Cristo está nos jovens”, vincou.
À noite, no For God Shake Festival, atuam na Praça da Canção vários grupos de Coimbra, como o Coimbra Gospel Choir, os Anaquim e a Banda da Paróquia.
O festival está integrado numa série de eventos organizados em Coimbra, antes do arranque da JMJ.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se este ano em Lisboa, com a presença do Papa Francisco, sendo esperadas mais de um milhão de pessoas.
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