Coimbra
Tuk Tuk leva-nos a todas capelinhas!
Conhecer o património religioso foi o desafio lançado. E na segunda viagem do “Histórias da Vila” correram-se mesmo as capelinhas todas.
Assim que foram abertas pela Câmara Municipal de Condeixa, as inscrições esgotaram rapidamente. No passado dia 18, dezembro fez-se sol e os participantes, prontamente instalados nas viaturas tuk tuk, agradeceram a bênção. Num percurso com a duração aproximada de uma hora e sob a orientação de Rosário Grilo, da Associação Sempre a Aprender, reuniram-se todas as condições para conhecer um conjunto muito significativo de antigos locais de culto da vila de Condeixa-a-Nova.
As inscrições estão abertas em www.cm-condeixa.pt e são limitadas a 30 lugares.
Referências históricas concederam a Condeixa o “título” de vila nobre. Necessariamente, a rota das capelas seguiu de perto a rota dos palácios e solares: a capela de Santo António, pertença do Palácio do Conde de Podentes, a capela de S. Tomé, na Quinta de S. Tomé (atual PO.RO.S – Museu Portugal Romano em Sicó) ou a capela de Nossa Senhora da Piedade, cuja entrada lateral se situa no prolongamento da fachada do Palácio Sotto Mayor. Mas seguiu-se também o rasto de alguns locais já desaparecidos, como a capela de S. Geraldo, símbolo da importância do lugar do Outeiro na Condeixa de outros tempos.
Num dos recantos mais encantadores da vila – a Lapinha – puderam os participantes visitar a capela de Nossa Senhora da Lapa, mandada erguer no final do século XVI. Reza a lenda que a imagem da Senhora da Lapa, surgindo em visão a uma mulher do povo, foi achada na gruta da Lapinha.
A viagem contemplou uma última paragem na Igreja Matriz, já conduzida pelo próprio pároco, Idalino Simões. Consagrado a Santa Cristina, este monumento foi mandado erguer por D. Manuel I, aquando da sua passagem por Condeixa, em 1502. Dado curioso, a Matriz conserva, no seu interior, uma capela privada – a capela de S. Francisco – que pertencia ao Palácio dos Sás, incendiado em 1811 pelas tropas de Napoleão Bonaparte, aquando da terceira invasão francesa.
No final do percurso, a Casa Museu Fernando Namora voltou a acolher os participantes para um momento de convívio. À mesa, uma mostra de produtos característicos do concelho, como a famosa escarpiada.
A próxima viagem está marcada para o próximo domingo, dia 22 de Janeiro, e tem como tema “ Os Segredos de Sicó”.
Os participantes vão perceber a importância da água para os cultivos de Sicó e entre outras experiências assistir à confecção do queijo ao “ vivo”.
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