Coimbra
Helena Freitas encantada com Gorongosa
A vice-reitora da Universidade de Coimbra (UC) Helena Freitas afirmou hoje que aquela instituição pretende estender a parceria que tem com o Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, para as áreas das ciências sociais, economia e saúde.
Esta intenção sai também reforçada na assinatura do protocolo, efetuada hoje, em Coimbra, entre a UC e a Fundação Carr, que é responsável pela recuperação do Parque Nacional da Gorongosa.
A parceria prevê um aumento da presença da Universidade de Coimbra no programa de restauração do parque natural moçambicano, de forma a “mostrar o potencial que este tem para outras áreas”, para além da ecologia.
As questões “socioeconómicas estão sempre associadas à biodiversidade”, sublinhou a vice-reitora, explicando que a melhoria das condições de vida das populações poderão ajudar “a recuperar a floresta”.
Os conflitos observados no país “preocupam”, sendo que há “muito a fazer por Moçambique”, contou Helena Freitas, frisando que “a próxima década é fundamental para preservar a biodiversidade”.
Está prevista a ida de uma equipa de seis investigadores da UC para o parque, em maio, assim como a ida de uma doutoranda e de um investigador com bolsa de pós-doutoramento, informou Helena Freitas, que pretende também um “intercâmbio de investigadores” entre os dois países.
A parceria, de acordo com a vice-reitora, está também inserida no programa da Cátedra Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), atribuída à Universidade de Coimbra (UC), e da qual Helena Freitas é a detentora.
Greg Carr, responsável pela fundação com o seu nome, alertou para o facto de a biodiversidade, no Parque Nacional da Gorongosa, estar “em ameaça”.
O filantropo americano salientou a celebração da parceria, considerando que a colaboração com a Universidade de Coimbra “é essencial para se preservar o parque”.
“Qualquer cidadão moçambicano ama o seu parque nacional”, enalteceu, dizendo que, de momento, o parque necessita de “mais turistas” para garantir a sustentabilidade do plano de recuperação, assim como de “documentaristas e investigadores”.
Em 2007, a Universidade de Aveiro também estabeleceu um protocolo com o Parque Nacional da Gorongosa, tendo sido a primeira instituição universitária europeia a desenvolver uma parceria de cooperação científica com este parque.
Essa parceria previu o acompanhamento de biólogos desta universidade na reintrodução de grandes mamíferos africanos no parque.
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