O grupo islamita Hamas encorajou Israel a iniciar “sem demoras” a segunda fase das negociações do cessar-fogo, após a libertação hoje de mais três reféns israelitas que estavam na Faixa de Gaza.
Em comunicado, o Hamas assinalou a libertação de 369 prisioneiros palestinianos por Israel prevista para hoje em troca dos reféns, que já chegaram a Ramallah e à Faixa de Gaza.
“Estes momentos, em que testemunhamos os nossos heróicos prisioneiros a abraçar a liberdade, são um novo passo na nossa longa viagem em direção a Jerusalém”, referiu o grupo islamita.
O Hamas salientou ainda que Israel tem agora a “responsabilidade de aderir ao acordo e ao protocolo humanitário e de iniciar a segunda fase das negociações sem demora”.
De acordo com os termos do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que esteve prestes a ser quebrado esta semana, as negociações com os mediadores – EUA, Qatar e Egito – sobre a segunda fase deveriam ter começado 16 dias após a entrada em vigor do acordo, ou seja, em 03 de fevereiro.
Esta nova fase, considerada mais complicada, prevê a devolução de todos os reféns capturados no ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 e uma prorrogação indefinida do cessar-fogo.
A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos aconteceu hoje após uma semana de tensões entre as duas partes.
Israel ameaçou retomar a guerra em Gaza se o Hamas não libertasse hoje os reféns, recorrendo uma declaração do Presidente norte-americano, Donald Trump, que ameaçou “o inferno” em Gaza se o Hamas não libertasse “todos os reféns” antes do meio-dia de hoje.
Os islamitas libertaram hoje três dos reféns capturados em 07 de outubro de 2023 que ainda se encontravam na Faixa: Sagui Dekel-Chen, de 36, Alexandre Trufanov, 29, e Iair Horn, de 46.
Em troca, Israel libertou 369 prisioneiros palestinianos, 36 deles a cumprir penas perpétuas, com a maioria (333) a ser enviados para Gaza.
Dos 251 sequestrados em 07 de outubro de 2023, 70 permanecem ainda na Faixa de Gaza.
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