Declarações após o jogo Bélgica-Portugal (1-0), dos oitavos de final do Euro2020 de futebol, disputado no Estádio de La Cartuja, em Sevilha:
Fernando Santos (selecionador de Portugal): “É um resultado injusto, mas no futebol é difícil falar de injustiças. Quem marca, ganha. Eles fizeram um golo e nós, não. Nos primeiros 10 minutos, não estivemos tão bem, a Bélgica empurrou-nos, mas depois encontrámos os espaços certos, jogámos mais subidos. Os jogadores tiveram uma atitude sempre muito forte, sempre a procurar atacar, mas também defendendo bem.
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A Bélgica fez seis remates, mas só um na baliza e deu golo. Portugal fez 29 remates e não fez um golo. Os jogadores foram sempre atrás. O golo da Bélgica surge do nada e foi um momento duro. Ao intervalo, levantámos a cabeça. Os jogadores lutaram sempre, jogaram, mas o futebol é isto. A bola não quis entrar. Noutras ocasiões, se calhar, tivemos menos chances e fomos nós a marcar.
É uma grande desilusão para todos nós. Acreditávamos todos que poderíamos chegar à final e vencer. Há jogadores a chorar. Há que levantar a cabeça e há coisas para ganhar no futuro. Em 2018 [no Mundial], também foi uma desilusão, mas em 2019 acabámos por ganhar a Liga das Nações. Portanto, agora temos de ganhar o Campeonato do Mundo.
Os jogadores fizeram tudo para dar uma alegria aos portugueses. Portugal merecia vencer este jogo. Estamos todos tristes e desiludidos. Os jogadores provaram que têm capacidade para lutar contra qualquer equipa. Nenhuma equipa pode dizer que é melhor do que Portugal.
Para quem queria chegar à final e fica nos oitavos, o impacto é o mesmo que sentimos no Campeonato do Mundo. Estou muito frustrado, mas nenhum de nós pode deixar de sentir orgulho nestes jogadores.
[Golo da Bélgica] Foi um remate de fora da área do lateral esquerdo. Nem tudo se pode controlar no jogo. A equipa esteve sempre bem posicionada em campo. Eles fizeram um chuto à baliza. Na segunda parte, expusemo-nos muito ao contra-ataque e eles utilizaram muito o Lukaku, que segura muito bem a bola e fazia com que a Bélgica respirasse.”
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