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Há cada vez menos bombeiros na Região de Coimbra
Longe vão os tempos em que, na Região de Coimbra, havia mais de dois milhares de bombeiros. Segundo a Pordata, essa cifra foi ultrapassada no ano de 2012, nunca mais tendo atingido esse número até ao ano de 2022 (último ano indicado na tabela disponibilizada pela plataforma).
O ano de maior número de elementos foi 2001, altura em que estavam nas corporações 2.718 bombeiros. Do lado oposto, ou seja com o menor número de operacionais, está o ano de 2021 em que estiveram integrados apenas 1.490 elementos.
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Na tabela, e ao longo dos vários anos recolhidos junto do Instituto Nacional de Estatística (INE), o concelho que regista o maior número de elementos é Coimbra. Trata-se de um município com três corporações – Sapadores e Voluntários de Coimbra e Brasfemes – e onde, no ano de 2001, havia 369 operacionais. Desde então, e até 2022, nunca mais ultrapassou a barreira das 3 centenas, havendo mesmo um ano (2020) em que estavam apenas registados 198 elementos.
Olhando para os números de 2022, o segundo concelho com mais bombeiros é Oliveira do Hospital com 132 operacionais, logo seguido pela Lousã (129) e por Tábua (124).
Com mais de uma centena de elementos estão os concelhos de Arganil (122), Mealhada (117), Figueira da Foz (108) e Penacova (103). Os três municípios com menor número de operacionais são Mortágua (69) e Góis e Mira (55).
Pelo meio estão os municípios de Cantanhede (96), Miranda do Corvo e Soure (95), Penela (93), Condeixa-a-Nova (87), Montemor-o-Velho e Pampilhosa da Serra (77) e Vila Nova de Poiares (70).
Foi no ano anterior (2021) – em plena pandemia covid-19 – que se registou o menor número de bombeiros nas corporações da Região de Coimbra.
Dos 1.490 inscritos, Coimbra foi o concelho que ultrapassou as duas centenas (201), sendo de registar que na centena ficaram apenas os municípios de Oliveira do Hospital e Lousã com, respetivamente, 130 e 117 bombeiros.
Todos os outros concelhos ficaram abaixo dos 93 bombeiros (Tábua). O município com menor número de elementos foi Góis (41).
No início da década (2001), e depois de Coimbra, Tábua contava com 210 elementos, logo seguido de Arganil por 205. Nas cidades da Mealhada, Figueira da Foz e Cantanhede há a registar 175, 135 e 119 bombeiros nas corporações destes concelhos.
Números bem diferentes daqueles que se registam em 2022, onde nestas cidades existiam, respetivamente, 117, 108 e 96 bombeiros. Uma redução de 33 por cento, no caso da Mealhada, e da ordem dos 20 por cento na Figueira da Foz e Cantanhede.
A maior redução acontece no concelho da Pampilhosa da Serra. Em apenas duas décadas, há uma diminuição de quase metade do número de efetivos. A saber: de 147 para 77 bombeiros.
Os únicos concelhos onde não se regista a redução do número de elementos entre 2001 e 2022 são Miranda do Corvo e Penela. Nestes dois municípios, houve um aumento de 9 bombeiros nas duas décadas (mais 10 por cento).
Refira-se que, desde 2014, o número de bombeiros tem vindo a registar um decréscimo nos 19 municípios da Região de Coimbra. Nesse ano, existiam 1.918 elementos, passando nos anos seguintes (até 2021) a estarem inscritos 1.804 (2015), 1.722 (2016), 1718 (2017), 1.682 (2018), 1.601 (2019), 1.516 (2020) e 1.490 (2021).
O quadro tem início em 1998 com 2.521 bombeiros, aumentando para 2.718 em 2001. A próxima contagem acontece apenas em 2007 com 2.272 elementos. A partir daqui, a lista passou a ser anual, sendo de registar o facto de nos anos de 2010 e 2011 ter havido um decréscimo para números perto dos dois milhares.
Em todos os anos que constam no quadro, Coimbra foi sempre o município com maior número de elementos a trabalhar ou a exercer voluntariado nas três corporações da cidade.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), bombeiro é um indivíduo que está integrado de forma profissional ou voluntária num corpo de bombeiros e tem por atividade cumprir as respetivas missões: proteção de vidas humanas e bens em perigo, mediante a prevenção e extinção de incêndios; o socorro de feridos, doentes ou náufragos; prestação de outros serviços previstos nos regulamentos internos e demais legislação aplicável.
Os dados foram recolhidos junto do INE através do Inquérito ao Ambiente – Ações dos Corpos de Bombeiros (até ao ano de 2010) e, posteriormente, através de Inquérito às Entidades Detentoras de Corpos de Bombeiros.
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