O ministro da Administração Interna garantiu hoje que o Algarve será reforçado no verão com uma “presença adicional de meios” para tentar manter a “tendência clara” de redução da criminalidade na região.
“Portugal é hoje considerado um dos países mais seguros do mundo, com uma evolução muito positiva nos últimos anos. O Algarve tem acompanhado essa tendência clara de redução dos índices de criminalidade geral e de criminalidade grave ou violenta”, salientou Eduardo Cabrita, em Faro.
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O governante esteve presente na apresentação do programa “Algarve Seguro 2019”, que prevê o reforço de meios das autoridades policiais na região durante os meses de verão, acompanhado pela secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, e pelo secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves.
Luís Elias, superintendente da PSP, recordou, durante a sessão, que a criminalidade violenta e grave registada pela força de segurança diminuiu, de 2017 para 2018, 11,7% em todo o país e 9,3% no Algarve.
“O reforço permite dizer que estamos preparados para um Algarve seguro”, acrescentou o ministro, destacando os meios da PSP e da GNR, o reforço da presença do SEF no Aeroporto de Faro e as parcerias com os municípios no âmbito dos Contratos Locais de Segurança e da prevenção rodoviária.
Para o verão algarvio, a PSP anunciou a presença, até 30 de setembro, de 36 equipas do Corpo de Intervenção Permanente da Unidade Especial de Polícia, num total de 360 polícias, com patrulhamento em Portimão, Lagos, Tavira e Vila Real de Santo António.
Estarão igualmente no terreno quatro equipas de Prevenção e Reação Imediata, num total de oito agentes, em Faro e Portimão, ciclo-patrulhas e ações de policiamento misto com elementos do Corpo Nacional de Polícia (Espanha) e da Polícia Nacional (França).
A GNR terá no Algarve um reforço permanente de cerca de 200 militares, apoiados por quatro binómios cinotécnicos e quatro patrulhas a cavalo, enquanto 500 militares estarão destacados para os grandes eventos, como a Concentração de Motos de Faro, em julho, e a Supertaça de futebol entre Benfica e Sporting, em agosto.
Está igualmente previsto o patrulhamento misto com a Guardia Civil de Espanha, a Gendarmerie Nationale (França) e os Carabinieri (Itália).
O dispositivo especial de combate aos incêndios prevê um nível de empenhamento de 615 operacionais, com quatro dezenas de equipas de vigilância e 66 equipas de combate, apoiados por 148 recursos técnicos terrestres.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) reforçou, desde abril, em 40% o número de inspetores afetos ao controlo de primeira linha no Aeroporto de Faro.
O ministro da Administração Interna afirmou, à margem da sessão, que o SEF também reforçou a presença no Aeroporto de Lisboa, com 67 novos inspetores, mas que a ANA – Aeroportos de Portugal precisa de realizar obras para agilizar o controlo de passageiros.
“O SEF reforçou-se bastante mais do que as estruturas dos aeroportos. (…) Estamos a estabelecer um programa com a ANA para alargamento das ‘e-gates’, máquinas de controlo eletrónico que facilitam o acesso de passageiros. Esperamos que a ANA esteja finalmente em condições de realizar as obras identificadas como necessárias para separar por origens as zonas de acesso no Aeroporto de Lisboa”, concluiu Eduardo Cabrita.
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