Coimbra
Grupo CUF com 20 milhões de prejuízo no primeiro semestre do ano devido à pandemia
O grupo proprietário dos hospitais CUF teve um resultado negativo de 20 milhões de euros no primeiro semestre do ano, devido ao impacto da pandemia de covid-19, comunicou hoje ao mercado.
Na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CUF anunciou um resultado negativo de 20 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, com uma variação de menos 189% face ao período homólogo do ano passado, quando obteve um lucro de 22,4 milhões de euros.
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O comunicado destaca que a pandemia de covid-19 teve um impacto na redução de atividade nas últimas semanas de março e nos meses de abril e maio.
“Antes deste período, nos meses de janeiro e fevereiro, os proveitos operacionais no segmento dos cuidados de saúde privados apresentaram um crescimento face ao homólogo de 9,6%”, pode ler-se na comunicação à CMVM.
A CUF assinalou ainda que em junho já se verificou “uma recuperação significativa da atividade assistencial, traduzindo-se em proveitos operacionais 2,0% acima do período homólogo no segmento privado”.
A pandemia de covid-19 levou a CUF a centrar a sua atuação em torno de três objetivos: a proteção de clientes e colaboradores, o contributo para o controlo da pandemia no país em colaboração com as autoridades de saúde e a estabilidade e continuidade das suas operações, realçou.
Na informação enviada à CMVM, a CUF revela que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu os 8,1 milhões de euros no primeiro semestre, registando-se um decréscimo de 86,4% face ao período homólogo do ano passado, quando registou lucros de 59,6 milhões de euros.
“Os resultados operacionais no primeiro semestre foram severamente impactados pela quebra da atividade, motivada pelo aparecimento da covid-19. Refira-se que no primeiro semestre, o EBITDA sofreu um impacto negativo em 0,9 milhões de euros, devido a custos com equipamentos de proteção individual”, realça o comunicado.
A CUF explica ainda que apesar de “estimar uma forte recuperação da atividade no segundo semestre de 2020, a mesma não deverá ser suficiente para compensar o impacto negativo sentido nos meses de março a maio”.
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