Coimbra

Greve no Serviço de Utilização Comum tem adesão de 80% em hospitais de Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 21-08-2023

 A adesão à greve dos trabalhadores do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) ronda os 80% nas unidades de Coimbra, informou hoje o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares.

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“A participação demonstra a indignação dos trabalhadores pela falta de diálogo social e desrespeito pelos seus direitos”, disse à agência Lusa o dirigente sindical António Baião, durante uma concentração à entrada dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

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Realçando que os índices de adesão “são igualmente elevados” nos hospitais públicos de outras cidades do país, António Baião considerou que “esta greve nacional do SUCH está a ser uma das maiores de sempre”.

A ação, das 00:00 às 24:00 de hoje, envolve os trabalhadores da empresa afetos aos serviços de alimentação, lavandarias, manutenção, resíduos e administrativos, que reclamam aumentos intercalares dos salários e do subsídio de alimentação, ainda em 2023, bem como melhores condições de trabalho, reforço dos quadros de pessoal e atribuição do subsídio de risco a todos.

“O aumento do salário é mais do que merecido”, sublinhou à Lusa António Baião, coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria.

A greve nas dependências do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que inclui os HUC, “tem uma adesão muito perto dos 80% em todos os serviços, sendo assegurados em algumas unidades apenas os serviços mínimos”.

“Apenas será servida a alimentação aos doentes e aos profissionais que estejam em tarefas de não se poderem ausentar na hora de almoço do local de trabalho. Os refeitórios estão encerrados nas unidades de alimentação de Coimbra”, indicou o dirigente.

Entretanto, na lavandaria dos HUC, “poucos trabalhadores, além dos serviços mínimos, estão a trabalhar, até porque paira a dúvida ali sobre o encerramento da lavandaria e deslocação de tudo” para Arazede, no concelho de Montemor-o-Velho.

Também no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, “a adesão é muito forte nos resíduos, lavandaria, alimentação”, enquanto nos serviços de manutenção de Leiria e Viseu “os trabalhadores estão apenas a realizar serviços de necessidade imperativa, mantendo-se em serviços mínimos”, segundo António Baião.

Concentrados junto à porta principal dos HUC, os trabalhadores aprovaram uma moção a alertar para o “aumento brutal do custo de vida”, em que os bens de primeira necessidade “não param de aumentar”, enquanto “as rendas e as prestações bancárias tiveram aumentos brutais”.

“O Estado deu um aumento intercalar nos salários dos trabalhadores da Administração Púbica”, além de lhes ter concedido “uma atualização do subsídio de refeição”, referem.

O SUCH, empresa do setor empresarial do Estado, “paga salários muito baixos” e “recusou reunir-se com os sindicatos para analisar a situação social”, de acordo com o documento.

Na opinião do sindicato e dos seus associados, “a melhoria dos salários e o reforço do quadro de pessoal [do SUCH] é fundamental para defender o Serviço Nacional de Saúde”.

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