Política

Governo segue truque do PS de “pintar de cor–de-rosa” um país que não existe

Notícias de Coimbra | 18 horas atrás em 07-01-2025

O presidente da IL afirmou hoje que o atual executivo tem seguido um truque dos seus antecessores socialistas de “pintar de cor-de-rosa” um país que não existe e considerou que os planos do executivo estão desgastados e abandonados.

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Na primeira declaração política do ano em debate no plenário da Assembleia da República, o presidente dos liberais, Rui Rocha, defendeu que o PSD “está muito próximo do que era o PS” nos seus tempos de governação, e que os sociais-democratas não devem comparar a situação atual do país com o país liderado pelo PS, porque, acrescentou, “o país do PS era péssimo” e liderado por “um dos piores governos desde o 25 de Abril”.

“O vosso Governo tem de ser comparado com as promessas que fizeram, com as expectativas que criaram no país, com aquilo que prometeram durante meses a fio e que não estão a cumprir”, acrescentou o liberal.

Rui Rocha exemplificou como falha no cumprimento das promessas os planos apresentados pelo executivo que, acrescentou antes de avançar com dados sobre a situação na saúde, educação e habitação, “estão desgastados e abandonados nos seus princípios e objetivos”.

O líder liberal disse ainda que o Governo caiu do patamar das promessas eleitorais para o patamar da realidade de apatia e estagnação.

Num pedido de esclarecimento, a deputada do PS Marina Gonçalves argumentou que o que agravou os preços da habitação foram as medidas da AD aprovadas pela IL e que a situação no Serviço Nacional de Saúde se tem agravado por falta de investimento, algo que, acrescentou, os liberais não querem reverter.

“Pergunto-lhe verdadeiramente: o que é que faria de diferente nestas duas áreas?”, inquiriu a antiga ministra da Habitação.

Hugo Carneiro, deputado do PSD, afirmou-se “perplexo” com a intervenção de Rui Rocha e disse que o líder liberal está a ignorar “medidas estruturantes” em áreas como a saúde, educação ou habitação, afirmando que o atual Governo tem respondido ao que diz terem sido os problemas deixados pelas governações socialistas.

Rui Tavares, do Livre, reiterou as críticas feitas pelos socialistas, questionando os liberais sobre o que fariam de diferente do Governo e acusando a IL de ter um “resquício de dogmatismo marxista” e de querer “mudar de povo” para implementar as suas propostas.

Antes, interveio também a deputada do Chega Manuela Tender sobre educação, numa intervenção em que lamentou os “dados muito preocupantes” dos portugueses nos recentes relatórios PISA e sublinhou a importância do Estado “não descurar o seu papel na adoção de políticas públicas e na definição de orientações estratégicas”.

A deputada defendeu uma maior aposta em matérias como a literacia financeira e numa educação que “quebre o ciclo de desigualdades”, pediu uma valorização da carreira docente e uma escola pública que “ensine em vez de doutrinar e exija e responsabilize ao mesmo tempo que integra, apoia e ampara”.

Patricia Gilvaz, da IL, pediu respostas concretas ao diagnóstico feito pela deputada do Chega à situação da educação no país e mostrou-se preocupada com o crescente número de alunos a optar pelo ensino privado em detrimento do público, considerando que esta é uma demonstração da falta de investimento na escola pública.

“A falta de professores a algumas disciplinas fazem com que os pais que têm poder económico optem por colocar os seus filhos numa escola privada em vez de colocar na escola pública. Isto é aquilo que eu designei como uma escola para ricos e uma escola para pobres (…) Nós defendemos a liberdade de escolha, mas não é a liberdade de escolha condicionada pelo poder económico”, disse.

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