Coimbra
Governo promete 2 milhões de euros para a reconstrução das infraestruturas públicas das zonas industriais de Mira e Tondela
O Governo vai lançar concursos públicos de dois milhões de euros para a reconstrução das infraestruturas públicas das zonas industriais de Mira e Tondela, atingidas pelos incêndios de 2017, revelou hoje o ministro do Planeamento.
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“Vamos, na próxima semana, depois de muito trabalho com estes municípios, abrir um aviso de candidaturas de cerca de dois milhões de euros para que estas duas zonas industriais sejam também recuperadas, sejam otimizadas”, disse em Mira o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
Pedro Marques falava no final de uma visita à SIRO, empresa de substratos que se dedica à serração, transformação e valorização da madeira, que foi duramente atingida nos incêndios de outubro de 2017, que destruíram parcialmente a principal zona industrial do concelho, causando prejuízos a rondar os 24 milhões de euros.
Só na SIRO, os prejuízos rondaram os 15 milhões de euros, mas o seu gerente, Carlos Soares, garante que foi possível manter os 120 postos de trabalho.
Em Tondela, as chamas devastaram a zona Industrial da Adiça, causando dezenas de milhões de euros de prejuízos e pondo em causa centenas de postos de trabalho.
“É tempo de recuperar as infraestruturas públicas destas zonas industriais, para corresponder ao esforço e investimento dos empresários, que desde a primeira hora mostraram vontade de retomar a atividade e manter os postos de trabalho”, disse o ministro.
O anúncio vai ao encontro das pretensões dos autarcas: o presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida, acredita que vai ser possível reconstruir e até ampliar as infraestruturas públicas da zona industrial de Mira, nomeadamente através da abertura de uma nova estrada de saída.
Pedro Marques elogiou ainda o esforço dos empresários da região Centro e sublinhou que foram apresentadas candidaturas a fundos de apoio para crescimento a rondar os 500 milhões de euros, que estão a ser analisadas.
“Tivemos mais de 500 milhões de euros de candidaturas para novo investimento que foi atraído aqui para a região Centro. Estamos a analisar todos esses projetos. Não só apoiámos a reposição da atividade económica e das empresas afetadas como perspetivámos a possibilidade de ter novo investimento na região Centro para atrair mais emprego para os concelhos afetados”, frisou.
O ministro desvalorizou ainda notícias recentes sobre irregularidades no apoio à reconstrução de primeiras habitações na zona Centro, garantindo que os serviços técnicos do Fundo REVITA confirmaram a legalidade dos processos relativos a três casas.
“Se houver irregularidades devem ser investigadas pelo Ministério Público, mas não podem deslustrar o esforço que foi feito na reconstrução de mais de mil habitações”, concluiu o ministro.
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