O governo pediu hoje uma inspeção ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona de Borba, onde na segunda-feira uma estrada colapsou.
Em comunicado, o Ministério do Ambiente e da Transição Energética ordena “que, no prazo de 45 dias, a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), proceda a uma inspeção ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona onde ocorreu o acidente do dia 19 de novembro”.
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O deslizamento de um grande volume de terra e o colapso do troço da Estrada Nacional 255 entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, para o interior de uma pedreira ocorreu na segunda-feira às 15:45.
Segundo as autoridades, o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada terá arrastado para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, uma retroescavadora e duas viaturas civis, um automóvel e uma carrinha de caixa aberta.
As autoridades localizaram no dia do acidente os corpos de dois homens que circulavam numa retroescavadora.
Na terça-feira, o comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro, disse que um dos corpos foi retirado da pedreira perto das 14:50, da pedreira.
Para hoje de manhã está planeado o início das operações de drenagem da água das pedreiras onde ocorreu o deslizamento de terras e a tentativa de retirada do segundo corpo.
“É nosso objetivo (…) iniciarmos as operações de drenagem, utilizando as bombas e toda a capacidade instalada”, afirmou José Ribeiro, num encontro com jornalistas, no quartel dos bombeiros de Borba, distrito de Évora, onde fez o balanço da atividade operacional.
Desta forma, acrescentou o responsável, “com a drenagem dos dois planos de água das pedreiras”, a Proteção Civil acredita que terá “condições para operar e, essencialmente, fazer o reconhecimento com maior qualidade de todo o espaço”.
O Ministério Público instaurou, entretanto, “um inquérito para apurar as circunstâncias que rodearam a ocorrência”, referiu a Procuradoria-geral da República, em resposta enviada à agência Lusa.