Política
Governo faz acordo com a Cruz Vermelha para reforçar emergência pré-hospitalar
A Cruz Vermelha Portuguesa vai trabalhar em articulação com o INEM para reforçar a resposta de emergência pré-hospitalar perante um possível aumento da incidência de doenças respiratórias durante o inverno, segundo um protocolo hoje assinado.
Os ministérios da Defesa Nacional e da Saúde assinaram hoje um acordo com a Cruz Vermelha Portuguesa para que esta participe na resposta que está a ser desenvolvida pelo Governo para responder a um eventual aumento da procura das urgência.
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O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, no início das IV Jornadas Defesa/Saúde: Colaboração Civil Militar no contexto da Segurança Sanitária Mundial que decorre na Fundação Gulbenkian, em Lisboa referindo que é “preferível planear do que improvisar”.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, explicou que o acordo “vai-se consubstanciar num despacho conjunto” do Ministério da Defesa e do Ministério da Saúde para coordenar a criação e a expansão de dispositivos de emergência pré-hospitalar através da Cruz Vermelha Portuguesa.
“Teremos nas 40 delegações [da Cruz Vermelha Portuguesa] dispositivos operacionais que em articulação com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) serão capazes de responder de forma reforçada à pressão que habitualmente o inverno nos trás, concretamente, com as infeções respiratórias que atingem as populações mais vulneráveis”, disse Ana Paula Martins.
A ministra da Saúde frisou que a Cruz Vermelha Portuguesa tem uma distribuição nacional e recursos operacionais que permitem uma resposta mais eficaz por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica.
“Estamos a falar de todos os meios que a Cruz Vermelha dispõem desde ambulâncias e equipamentos que fazem parte do dispositivo nas várias tipologias”, disse.
No dia 01 de dezembro, a Liga dos Bombeiros Portugueses comunicou que o Sistema Integrado de Emergência Médica, coordenado pelo INEM já conta com 75 ambulâncias de socorro pelo que o reforço fazia aumentar para 91 o número total de equipas.
“Eu não lhe sei dizer se são exatamente 91, mas vão ser seguramente à volta de quase uma centena que já se juntam aquilo que são os dispositivos operacionais: ambulâncias dos vários tipos que no âmbito da emergência médica vão ter de ser acionadas muito proximamente”, respondeu a ministra da Saúde quando questionada sobre o número definitivo de ambulâncias.
O seminário sobre a Colaboração Civil-Militar no Contexto da Segurança Sanitária Mundial que decorre durante o dia contou com as participações do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas e com uma palestra do Almirante Gouveia e Melo, Chefe do Estado-Maior da Armada sobre “o caso da resposta nacional à pandemia de Covid-19”.
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