Um cidadão português de 69 anos morreu hoje quando se colocou entre os polícias e o atacante terrorista com uma faca na cidade francesa de Mulhouse, perto da fronteira com a Alemanha, confirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
“Um cidadão português de 69 anos que se encontrava no local ter-se-á interposto entre os polícias e o atacante, tendo sido esfaqueado e morto”, disse a porta-voz do MNE à Lusa, acrescentando que “ficaram feridas outras cinco pessoas, incluindo os polícias [dois deles feridos graves]”.
“O agressor, já conhecido pela polícia e pelos serviços de investigações, foi detido”, salientou ainda o MNE, acrescentando que “a investigação foi assumida pela Procuradoria Nacional Antiterrorismo (PNAT), o que indica que se trata de um ataque terrorista de inspiração islâmica radical”, e que “a embaixada continua a acompanhar o caso”.
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, já disse não haver dúvida de que o ataque com uma arma branca em Mulhouse, que provocou um morto, foi um “ato de terrorismo” e “islâmico”.
Macron, que visitava a Feira Agrícola de Paris, gravou uma mensagem a expressar “a solidariedade da nação para com a família” da vítima mortal e enfatizou “a determinação do Governo” e de si próprio em “continuar com o trabalho que tem sido feito desde há oito anos para erradicar o terrorismo” do território.
O chefe de Estado indicou que o ministro do Interior, Bruno Retailleau, irá deslocar-se ao local e “falará à noite para dar detalhes do processo”.
A Justiça francesa está a investigar como um ato terrorista o ataque perpetrado esta tarde na cidade de Mulhouse por um homem que matou uma pessoa com uma faca e feriu três polícias municipais, antes de ser detido, à margem de uma manifestação de apoio à República Democrática do Congo.
Num comunicado enviado à agência de notícias Efe, a Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT) indicou que durante a investida o suspeito gritou “Allah Akbar” (em árabe, “Alá é grande”).
O PNAT especificou que enviou um dos seus magistrados a Mulhouse para dirigir as operações no terreno e que foi aberta uma investigação sobre os crimes de homicídio terrorista e tentativa de homicídio terrorista de pessoas em posição de autoridade.
Vários meios de comunicação, citando o procurador de Mulhouse, revelaram que o agressor tem 37 anos, é um estrangeiro referenciado por risco de terrorismo e já foi alvo de uma ordem de expulsão de França.
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