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Governo aprova diploma que enquadra privatização da TAP
O Governo aprova hoje em Conselho de Ministros (CM) o diploma que enquadra o processo de privatização da TAP, numa altura em que se começam a perfilar interessados.
Na semana passada, no parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, colocou a hipótese, entre diferentes cenários, de se privatizar a totalidade do capital da TAP, apesar de indicar que o montante ainda não foi definido e irá depender do parceiro escolhido.
Na sua intervenção inicial neste debate, António Costa anunciou que o Governo vai aprovar no Conselho de Ministros de hoje o diploma que irá estabelecer o enquadramento do processo de privatização da TAP.
Na quarta-feira, o presidente executivo do International Airlines Group (IAG), Luis Gallego, expressou o interesse da ‘holding’ nas condições da privatização da TAP, considerando que “seria algo interessante” para o grupo.
“Estamos sempre abertos a ter grandes empresas, grandes marcas no nosso portefólio e, para ser honesto, queremos ver as condições da privatização da TAP, porque penso que seria algo interessante para nós”, disse Gallego durante uma intervenção no World Aviation Festival, em Lisboa.
Já o presidente da Emirates, Tim Clark, descartou interesse na compra da TAP, cujas condições devem ser conhecidas hoje, e previu uma “guerra de licitações” dos grandes grupos europeus de aviação.
“Claro que [os grandes grupos europeus de aviação] vão querer a TAP como o diabo [‘like hell’]. Como o diabo! […] A guerra de licitações vai começar. É um ótimo ‘hub’ no sudoeste para estes grandes ‘players’, tem acesso a rotas internacionais muito interessantes e tem uma rede europeia muito boa”, defendeu Tim Clark, em entrevista à Lusa, Expresso e Eco, à margem do mesmo evento, onde descartou o interesse da companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos na compra da transportadora portuguesa.
O presidente executivo e do Conselho de Administração da TAP, Luís Rodrigues, disse, por sua vez, ser “um grande defensor da privatização” da companhia aérea, acreditando que o processo “vai correr bem”.
“Acho que vai correr bem. Eu sou um grande defensor da privatização, não há dúvidas disso”, acrescentou Luís Rodrigues, no evento que decorre na FIL, em Lisboa, até quinta-feira.
A TAP está neste momento nas mãos do Estado português, depois da aprovação do plano de reestruturação da companhia, que permitiu um apoio de 3,2 mil milhões de euros.
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