Justiça
Gota D´água na Figueira da Foz
Portugal acordou com uma Gota D´água” onde se “lia” que a Polícia Judiciária deteve de 20 pessoas e realizou de 60 buscas a entidades públicas e privadas, no âmbito de uma investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano.
Mais tarde, a PJ pormenorizou que procedeu à realização de 60 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que visaram diversos particulares, empresas e entidades públicas sitas em diferentes concelhos do território nacional, designadamente em Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Guarda, Lisboa, Porto, Vila Real e Viseu”.
O laboratório envolvido nesta investigação por falsificação de análises de água destinada ao consumo humano é do distrito de Bragança e pretendia, com aquela alegada prática, ganhos económicos e corresponder aos pedidos dos clientes, adiantou a PJ/Vila Real.
A PJ acrecentou que os 20 detidos no âmbito desta investigação, que dura há alguns meses, são dirigentes e funcionários do laboratório, assim como funcionários e alguns eleitos locais nas entidades gestoras das águas, designadamente câmaras ou empresas municipais criadas para o efeito.
Entretanto, o DN apurou junto de fonte judicial que a “entidade em causa é o Laboratório Regional de Trás-os-Montes, que tem como acionistas o CEO da AGS – Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade, que detêm 50% do capital social, sendo que a outra metade é detida por municípios transmontanos.
Segundo este jornal lisboeta a gestão está a cargo de João Feliciano, que acumula com o cargo de CEO da AGS, Alexandre Vilarinho, que é igualmente vereador da Câmara de Macedo de Cavaleiros e presidente da Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, e ainda Francisco Morais.
No seu perfil no Linkedin Francico Morais confirma que é RTM | Laboratório Regional de Trás-os-Montes e ” Member of the board” da entre outros e outras.
A Águas da Figueira é detida em partes iguais pela AQUAPOR – Serviços, S.A. e pela referida AGS – Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade, S.A..
“A atividade da Águas da Figueira começou em março de 1999, após a celebração do Contrato de Concessão dos Sistemas de Captação, Tratamento e Distribuição de Água e de Recolha, Transporte e Tratamento dos Efluentes do Concelho da Figueira da Foz”.
O prazo da concessão é de 30 anos, período durante o qual a Águas da Figueira S.A. tem, em regime de exclusividade, a responsabilidade pela gestão do Ciclo Urbano da Água no concelho da Figueira.
Contactadas por Notícias de Coimbra, a Águas da Figueira S.A e a Câmara Municipal da Figueira da Foz não quiseram responder se foram alvo de buscas ou se foi detido ou constituído arguido algum dirigente ou funcionário no âmbito desta Operação Gota D´água.
Tendo em conta que o comunicado da PJ falava em buscas em Coimbra, NDC também questionou a AC – Águas de Coimbra EM e a Águas do Centro Litoral, empresas que descartaram o seu envolvimento na operação policial que marcou o dia informativo.
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