Consegue começar o dia sem beber café? Sabe tão bem beber um depois de uma refeição. O estudo, Tendências e Perspetivas Sociais no Consumo de Café em Portugal, estimava que em 2021, cada português consumiria oito quilos de café por ano.
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Não é prejudicial à saúde, se consumido com moderação. Há, inclusive, investigações que demonstram que traz benefícios. No entanto, quando passa para vício, pode aumentar o risco de diabetes tipo 2 ou doenças cardiovasculares, por exemplo.
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Merideth Addicott, do Instituto de Pesquisa de Doenças Psiquiátricas da Universidade do Arkansas, citada pela revista Time, afiança que é possível desenvolver uma dependência de café ou bebidas com cafeína como alguns chás, soda ou bebidas energéticas. “Ainda que não seja um vício com a dureza das drogas ou do álcool, causa dependência e o desmame pode ser complicado”, diz.
A maioria dos estudos aponta 400 miligramas de cafeína (aproximadamente quatro chávenas) como a quantidade recomendada para um adulto. Se consome mais do que isso diariamente, é provável que tenha alguns efeitos secundários, tais como: “sono irregular, enxaquecas e dor de cabeça, palpitações, irritabilidade e estômago sensível”, lê-se na Notícias Magazine.
Se já experenciou alguns destes sintomas, é viciado em café. E é aconselhável reduzir a quantidade ingerida.
Para Addicott, o vício manifesta-se sobretudo no stress causado pela privação de café quando necessitamos. “A ideia de que não vamos conseguir tomar aquele café, àquela hora causa uma disrupção no dia-a-dia preocupante. É uma questão mais subjetiva do que pelas quantidades propriamente ditas”, conta.
Para acabar com o ciclo vicioso, em primeiro lugar, é importante admitir que não precisamos do café para o nosso dia-a-dia.
A especialista norte-americana sublinha que “ao bebermos uma quantidade significativa de café todos os dias o corpo adapta-se e estabelece uma base de performance. Quando passamos pelo desmame, pode parecer que não temos a mesma capacidade performativa mas é apenas o corpo a adaptar-se a menos quantidade de café”. Assim que o corpo se adapta, somos capazes de manter o mesmo ritmo de trabalho e energia ao longo do dia sem beber tantos cafés.
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