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GNR não quer militares com barbas estilo “talibã”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 12 meses atrás em 04-12-2023

Imagem: GNR

Militares da GNR de Braga queixam-se de que os requerimentos para autorização do uso de barba são rejeitados e de que haverá uma indicação não escrita para que os militares deixem de a usar, sobretudo se for grande demais e ao estilo “talibã”.

Uma fonte local do comando da Guarda rejeita a crítica, dizendo que havia militares em incumprimento, por exemplo, por usarem barba grande demais, à moda “talibã”. “Noutros casos foi considerado que, apesar de os militares terem direito ao uso de barba, o facto de a raparem ao fim de semana e a deixarem crescer durante a semana viola o espírito do regulamento que consta do artigo 46.oº do Regulamento Geral do Serviço da Guarda Nacional Republicana, atualizado em outubro de 2021”, segundo o Jornal de Notícias.

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Para recusar o uso de barba, nalgumas situações, este comando tem alegado, igualmente, diferenças entre o visual que os militares pretendem passar a usar e aquele que está na fotografia dos seus documentos de identificação.

Nas regras relativas ao “talhe de barba e bigode” o regulamento prevê, entre outras limitações, que a primeira não pode ser “extravagante ou excêntrica ou, pelo seu aspeto, ser contrária ao decoro militar (…)”. Além disso, também está proibida se tiver “um tamanho suficiente para que possa ser agarrado ou puxado”. Questões de saúde podem justificar que os militares sejam dispensados de cumprir estas regras.

Contactado pelo JN, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda disse que também já lhe tinham chegado algumas queixas. “Vamos pedir ao Comando-Geral que clarifique a questão! Ao que julgo saber, um dos problemas que estão a surgir com as autorizações prende-se com o facto de o militar, quando começa a deixar crescer a barba, ter de renovar o bilhete de identidade da GNR e o cartão de livre-trânsito interno. Ora, como o processo de renovação está bastante atrasado, há aqui um atraso na concessão efetiva da autorização”.

O Comando Geral da GNR, através do departamento de Relações Públicas, respondeu ao jornal que “o Comando Territorial de Braga promoveu uma conferência dos despachos de autorização de uso de talhe de barba, extensível a todos os militares que apresentavam barba, tendo-se verificado que existiam alguns militares a utilizá-la, não obstante se encontrarem em incumprimento das normas em vigor”.

“Todos foram notificados para a regularização das suas situações particulares, sob pena de não poderem fazer uso de talhe de barba, até se encontrarem devidamente autorizados”, sublinha o comando da Guarda.

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A resposta esclarece ainda que “os militares que promoveram a regularização do talhe de barba estão a ser autorizados a fazer uso do mesmo. Este deferimento não é limitado temporalmente, pelo que não existe a necessidade de renovação da autorização”, pode ler-se.

Já quanto à emissão do bilhete de identidade e do livre-trânsito, a GNR acrescenta que “eventuais atrasos que possam ocorrer em nada prejudicam o direito e autorização de uso de talhe de barba, pelo que ambas as circunstâncias não se encontram correlacionadas”.

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