Coimbra
Gliding Barnacles 2018 começa hoje na Figueira da Foz
O Gliding Barnacles arranca nesta terça-feira, na Figueira da Foz, dividindo-se entre o surf na praia do Cabedelo e os concertos numa antiga garagem da cidade, onde vão atuar nomes como Scuru Fitchadu e The Parkinsons.
O nome deste festival surge de uma analogia entre a relação dos surfistas com as suas pranchas, deslizando nas ondas e a relação das cracas – um crustáceo do oceano que se prende aos barcos – com os navios.
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O Gliding Barnacles é um evento de surf diferente do que é habitual, pois associa-se à cultura do surf clássico dos anos 50, 60 e 70 e tem uma génese não competitiva, antes de expressão artística.
As características das ondas da Figueira da Foz foram o ponto de partida para o crescimento deste projeto em torno do surf clássico, onde o estilo, fluidez e diversão sempre prevaleceram e se mantêm como valores maiores.
A iniciativa aposta, então, na reunião de surfistas, artistas de diversas áreas, músicos e shapers que se envolvem numa semana de surf não competitivo. Isto acaba por juntar culturas e línguas diferentes num só lugar, dando origem a um ambiente familiar, o grande fator que diferencia o Gliding Barnacles de outros eventos da área.
Durante seis dias (entre terça-feira e 02 de setembro), o festival vai promover concertos, surf não competitivo, várias manifestações artísticas, demonstrações de artesãos que vão fazer pranchas ao vivo junto à praia do Cabedelo, gastronomia e provas de vinho.
A música arranca logo no primeiro dia na Praia do Cabedelo, onde, durante o festival, haverá sempre concertos às 16:00 e às 17:00, disse Eurico Gonçalves, promotor do Gliding Barnacles, que falava à agência Lusa no final da apresentação do evento, que decorreu na antiga garagem automóvel Auto Peninsular, no centro da cidade.
É nesse espaço que vão decorrer três concertos por noite, de terça-feira até 01 de setembro.
Por lá, vão passar nomes como Time for T, Fugly, Ruby Ann, Scuru Fitchadu, Iguana Garcia, The Parkinsons ou Bad Pelicans.
Já na praia do Cabedelo será possível assistir a “sete artesãos [denominados ‘shapers’] a construírem pranchas de raiz”. Haverá ainda exibição de filmes e manifestações artísticas várias.
Pelo festival, passam outros artistas estrangeiros, nomeadamente fotógrafos, numa edição em que o Gliding Barnacles tem um foco especial na fotografia, afirmou Eurico Gonçalves.
“Convidámos fotógrafos portugueses e estrangeiros para fotografarem tudo à volta do Gliding Barnacles para depois ser criada uma grande exposição coletiva na edição de 2019”, explanou.
Este ano, a organização espera triplicar o número de estrangeiros a participar no festival, referiu Eurico Gonçalves, sublinhando que, se no ano passado registaram 50 estrangeiros, nesta edição já estão “sensivelmente 140 pessoas confirmadas” vindas do exterior, naquele que é um evento que, desde a primeira hora, pretende afirmar a Figueira da Foz como destino do surf a nível internacional.
Também este ano, o Gliding Barnacles deixa de ser apenas uma parceria entre a Associação de Desenvolvimento Mais Surf e a Câmara Municipal da Figueira da Foz, para a autarquia passar a ser também co-organizadora do evento, que é apoiado pelo Turismo Centro e pelas juntas de freguesia de São Pedro e Buarcos e São Julião.
Para o presidente da Turismo Centro, Pedro Machado, o festival “traz um conceito novo” para a Figueira da Foz, sendo também uma forma de “ativar” este concelho na sua ligação ao surf e ao mar.
“Acho que a Figueira da Foz tem de aproveitar esta oportunidade, este espevitar provocado não pelos organismos mas pela massa crítica, pela sociedade civil. Temos que aproveitar isto e acho que a Figueira da Foz – o município – tem de aproveitar a energia que está aqui a ser construída”, frisou Pedro Machado.
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