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Gláucia Nogueira apresenta em Coimbra Cabo Verde e a Música – Dicionário de Personagens
A investigadora Gláucia Nogueira apresenta dia 23, no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, a obra “Cabo Verde e a Música – Dicionário de Personagens”, que resulta de um trabalho de pesquisa iniciado há 18 anos.
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A sessão de apresentação da obra, organizada em colaboração da Orquestra Clássica do Centro (OCC), conta com a presença do compositor e músico cabo-verdiano Vasco Martins.
Gláucia Nogueira, jornalista, nascida no Brasil, mas já com nacionalidade cabo-verdiana, nesta obra aborda as práticas musicais em Cabo Verde e nas suas comunidades emigradas desde os primeiros registos sobre a sua produção, em meados do século XIX.
Ao longo de 672 páginas apresenta mais de nove centenas de personagens da música, de compositores, cantores, grupos, professores, regentes de bandas, produtores e construtores de instrumentos. Numa parte introdutória, inclui um glossário de termos ligados à cultura cabo-verdiana e uma caraterização dos géneros e subgéneros musicais tradicionais do país.
A minúcia da pesquisa, expressa em cerca de 50 páginas de referências bibliográficas, levou a investigadora a incluir quer nomes consagrados, quer aqueles cuja fama não foi além de uma expressão local, e até de alguns cujo registo é apenas o da memória de cabo-verdianos que com eles conviveram.
Sob a forma de verbetes, a jornalista apresenta a biografia e a discografia de cada um, inclusive dos estrangeiros que adotaram Cabo Verde e a sua música como seus, bem como das obras daqueles que designa de “não personagens”, em virtude de as composições encontradas terem autoria desconhecida – e às vezes controversa.
Durante as pesquisas Gláucia Nogueira socorreu-se de entrevistas (presenciais, por telefone, e-mail, carta), de artigos e publicações diversas (jornais e revistas recentes e antigos), de arquivos de rádios, produtores e empresários, de referências em redes sociais, capas de discos, blogs, vídeos, livros sobre música ou até mesmo das inseridas em páginas de romances e contos.
“Foi um trabalho moroso e complexo, em que tive de recorrer a diferentes fontes e formas de contacto. De algumas pessoas, recebi farta informação, fotos, discos; de outras, foi difícil obter uns poucos dados”, afirma a autora.
A obra é ilustrada com 254 imagens, entre elas fotografias, ilustrações e capas de discos. Em muitas das biografias das mais de 900 personagens aparecem histórias curiosas relacionadas com a música, cheias de humor, bem ao jeito de ser cabo-verdiano.
Durante a apresentação em Coimbra, na sede da Orquestra Clássica do Centro, haverá uma tocatina, ou seja, um momento informal de música cabo-verdiana.
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