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Gestora de ferrovia em Moçambique contrata “monitores sociais” para vigiar linha e evitar acidentes

Notícias de Coimbra | 8 meses atrás em 26-03-2024

A gestora da ferrovia no norte de Moçambique, a Nacala Logistics, contratou 175 “monitores sociais” nas comunidades locais para controlar a linha férrea, visando evitar acidentes decorrentes do mau tempo que se regista no país.

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Os “monitores sociais” do corredor de Nacala, em Nampula, norte de Moçambique, deverão “identificar e reportar” possíveis anomalias na linha férrea, bem como orientar os populares sobre a melhor forma de atravessar a linha para evitar acidentes face à chuva intensa que se regista na região, indica uma nota da empresa, enviada hoje à comunicação social.

“Embora por um curto período de atividade, com esta contratação a Nacala Logistics contribui para a empregabilidade de mão de obra local, pois jovens que estavam desempregados passam agora a ter uma ocupação e um rendimento”, disse Celso Mutadiua, gerente da área de Segurança Social na empresa, citado no documento.

Segundo a Nacala Logistics, os 175 populares contratados deverão exercer a atividade durante dois meses ao longo do corredor de Nacala, tendo sido formados em matéria ferroviária e de segurança da comunidade.

A linha, com cerca de 900 quilómetros, designada como “corredor logístico do norte”, liga as minas de carvão da província de Tete ao porto de Nacala, no oceano Índico, de onde é feita a exportação destinada sobretudo à Ásia.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) de Moçambique alertou, na segunda-feira, para chuvas moderadas a fortes em Cabo Delgado, Nampula e Niassa, no norte do país, após o mau tempo registado no domingo na zona sul.

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No sul do país, a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique – CFM decidiu interromper a circulação de todos os comboios face à chuvas intensa.

As chuvas, acompanhadas de trovoadas e vento com rajadas, poderão ser registadas a partir de hoje, com a precipitação a atingir até 50 milímetros em 24 horas, indicou o Inam, em comunicado.

Na região sul de Moçambique, a chuva intensa causou pelo menos quatro mortos, dois feridos e 12.740 afetados, segundo dados preliminares do Centro Nacional Operativo de Emergência (Cenoe).

Dados gerais do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) apontam para um total de 135 óbitos e mais de 130 mil pessoas afetadas na atual época da chuva, que decorre entre outubro e abril.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época da chuva.

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