Cidade
Gás: taxa ateia “fogo” às bolsas dos munícipes de Coimbra
Um acerto de contas acaba de ditar uma inesperada repercussão da taxa de ocupação do subsolo no concelho de Coimbra sobre as bolsas dos munícipes, prevalecendo o princípio de que quando o mar bate na rocha quem se lixa é o consumidor.
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O caso faz a manchete da edição de hoje do Diário de Coimbra, cujo título sintetiza que a taxa (TOS), sem aumento desde 2017, passou de uma cifra inferior a dois por cento do total das facturas (2017 e 2018) para perto de 30 por cento.
O montante da TOS liquidado pela empresa Lusitaniagás à Câmara de Coimbra é suportado, de facto, pelos munícipes; o referido acerto de contas foi motivado pela descoberta de que a operadora “estava a pagar anualmente um valor referente a rede de gás muito inferior à efectivamente existente”.
Em abono dos consumidores, a melhor expectativa consiste em a taxa, a partir do primeiro semestre de 2021, voltar a ser o que era até 2019. Ainda assim, constata-se que nem a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) nem a Lusitaniagás se preocuparam em fazer repercutir a cobrança de dois milhões de euros através de um período temporal mais extenso por forma a suavizar os desembolsos.
O líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Coimbra, Nuno Freitas, preconizou, há duas semanas, a alteração da TOS cobrada no concelho. Segundo o autarca, o montante cobrado em Coimbra é o terceiro mais elevado do país.
O valor das taxas de ocupação do subsolo resulta de decisão aprovada em cada Assembleia Municipal, diferindo de concelho para concelho.
A CMC advertiu, recentemente, que a fórmula de repercussão da TOS nas facturas do gás faz com que o montante a repercutir dependa da extensão da rede, do número de clientes e do volume de produto consumido
A extinção da TOS consta da lei do Orçamento do Estado para 2017, mas ela nunca foi regulamentada, cabendo a cada Município decidir se a aplica no respectivo território.
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