Coimbra
Fundação produz vinho para criar receitas ficar menos dependente do Estado
A Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (AFDP), de Miranda do Corvo, tem realizado um conjunto de investimentos, tendo como principais objetivos a criação de emprego sustentável para pessoas com necessidades especiais, vítimas de exclusão laboral, com deficiência ou doença mental.
Uma das áreas de investimento da entidade dirigida pelo médico Jaime Ramos, associados ao Parque Biológico da Serra da Lousã, é a produção agropecuária, sendo a vinha um dos sectores preferenciais.
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A pequena produção até agora registada, assente em dois hectares da Serra de Sicó, em Penela e Miranda, irá ter um aumento exponencial em 2015/2016, com o início de produção em vinhas recentemente adquiridas ou plantadas e que no espaço de três anos aumentará para 19 hectares.
Na última semana realizaram-se as vindimas, uma tarefa agrícola da área da vinicultura, mas também um pretexto de socialização, de transmissão de cultura e valores de cidadania.
A apanha das uvas foi pretexto para uma atividade que juntou seniores e crianças, pessoas com mais ou menos necessidade especiais, num espírito de interajuda e convívio intergeracional.
A Fundação iniciou em junho a construção de uma Adega, em edifício existente na Zona Industrial de Miranda do Corvo, uma área de 800 m2, incluindo para além da área de vinificação, um laboratório e uma sala de provas, bem como uma cave para “reserva” de vinhos e espumantes, num investimento de 600 mil €, obedecendo aos mais recentes padrões de qualidade na produção vinícola.
Criou a marca “Terra Solidária” cujo vinho tinto está no mercado desde 2012, e em 2013 já com uma pequena produção de Vinho Branco, alarga em 2014 o seu leque de produtos com um “apelativo” Vinho Rosé e, brevemente, também com o Espumante “Terras de Xisto”.
O cultivo e produção de vinho entram na estratégia de diversificação de atividade da Fundação ADFP, criando postos de trabalho para pessoas com necessidades especiais e criação de receitas que a tornem menos dependente do Estado.
Neste sentido, a área de produção agropecuária da Fundação ADFP, que está associada ao Parque Biológico da Serra da Lousã, permitiu já a criação de duas dezenas de postos de trabalho para pessoas marginalizadas face ao mercado laboral.
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