Coimbra

Fundação produz vinho para criar receitas ficar menos dependente do Estado

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 29-09-2015

A Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (AFDP), de Miranda do Corvo, tem realizado um conjunto de investimentos, tendo como principais objetivos a criação de emprego sustentável para pessoas com necessidades especiais, vítimas de exclusão laboral, com deficiência ou doença mental.

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Uma das áreas de investimento da entidade dirigida pelo médico Jaime Ramos, associados ao Parque Biológico da Serra da Lousã, é a produção agropecuária, sendo a vinha um dos sectores preferenciais.

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A pequena produção até agora registada, assente em dois hectares da Serra de Sicó, em Penela e Miranda, irá ter um aumento exponencial em 2015/2016, com o início de produção em vinhas recentemente adquiridas ou plantadas e que no espaço de três anos aumentará para 19 hectares.

Na última semana realizaram-se as vindimas, uma tarefa agrícola da área da vinicultura, mas também um pretexto de socialização, de transmissão de cultura e valores de cidadania.

A apanha das uvas foi pretexto para uma atividade que juntou seniores e crianças, pessoas com mais ou menos necessidade especiais, num espírito de interajuda e convívio intergeracional.

A Fundação iniciou em junho a construção de uma Adega, em edifício existente na Zona Industrial de Miranda do Corvo, uma área de 800 m2, incluindo para além da área de vinificação, um laboratório e uma sala de provas, bem como uma cave para “reserva” de vinhos e espumantes, num investimento de 600 mil €, obedecendo aos mais recentes padrões de qualidade na produção vinícola.

Criou a marca “Terra Solidária” cujo vinho tinto está no mercado desde 2012, e em 2013 já com uma pequena produção de Vinho Branco, alarga em 2014 o seu leque de produtos com um “apelativo” Vinho Rosé e, brevemente, também com o Espumante “Terras de Xisto”.

O cultivo e produção de vinho entram na estratégia de diversificação de atividade da Fundação ADFP, criando postos de trabalho para pessoas com necessidades especiais e criação de receitas que a tornem menos dependente do Estado.

Neste sentido, a área de produção agropecuária da Fundação ADFP, que está associada ao Parque Biológico da Serra da Lousã, permitiu já a criação de duas dezenas de postos de trabalho para pessoas marginalizadas face ao mercado laboral.

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