Coimbra
Funcionários da PJ em greve de 19 minutos para alertar contra atraso na aprovação de Estatuto
Os funcionários de investigação criminal da Polícia Judiciária (PJ) iniciam hoje uma paralisação diária de 19 minutos, em protesto por estarem há 19 anos sem revisão estatutária e lei orgânica.
Ricardo Valadas, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFIC/PJ) referiu à agência Lusa que o protesto será realizado todos os dias, até 10 de abril, entre as 11:30 e as 11:49, sendo os 19 minutos de paragem uma referência aos 19 anos durante os quais não houve revisão estatutária, nem nova lei orgânica.
A ASFIC/PJ tem mantido diálogo com o Governo e, segundo Ricardo Valadas, a ministra da Justiça garantiu à associação que o Estatuto da PJ será aprovado ainda durante esta legislatura, reiterando que a questão continua a ser uma prioridade para o Governo.
O Ministério da Justiça – adiantou Ricardo Valadas – prometeu entregar à ASFIC até 25 de março a proposta de Estatuto para a PJ.
Este facto, associado às expectativas criadas com o descongelamento da carreira dos professores na função pública, deixa os funcionários de investigação criminal da PJ com ideia que irão também beneficiar em termos de carreira, admitiu o dirigente da ASFIC/PJ.
Além do descongelamento das carreiras na PJ, a ASFIC entende que esta será também uma oportunidade para se introduzir as necessárias mudanças de “conteúdo funcional”, adaptando as carreiras às exigências da investigação criminal, por forma a existir uma melhor articulação da própria estrutura policial.
Quanto à greve parcial realizada recentemente pelos funcionários da PJ, que teve adesão elevada e afetou o trabalho fora do horário de expediente, Ricardo Valadas alertou que o protesto, além de refletir o descontentamento pela situação sócio-profissional na PJ, levou a um abrandamento significativo da atividade desta polícia, com prejuízo para o combate à criminalidade mais grave.
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