“Durante o dia começamos a receber os documentos que não tinham sido enviados pelo governo na data prevista. Conseguimos ter todos os documentos e conseguimos ver como estavam, existindo algumas discrepâncias com a discussão que já tinha sido efetuada”, disse à Lusa Jaime Marta Soares.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) reuniu-se de urgência na sexta-feira para fazer um balanço das negociações com o Governo sobre o DECIF de 2018, que considerava estarem aquém do esperado.
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Jaime Marta Soares explicou que, já na posse dos documentos, analisaram e responderam à secretaria de estado, referindo que se os documentos já discutidos com o governo não fossem aceites, não iriam continuar a negociar.
“Foi quase um dia de negociações, de análise e troca de documentos constante. Ainda existem pequenas reticências, mas encontraram-se boas vontades. Estou convencido que, com pequenos retoques, podemos dar por concluídas a diretiva operacional, a diretiva financeira, as 120 equipas de Intervenção Permanente (EIP) e a revisão do Sistema de Gestão de Operações (SGO)”, frisou.
A diretiva operacional nacional estabelece os meios que integram o DECIF, a diretiva financeira é o documento que fixa o pagamento aos bombeiros voluntários, enquanto a revisão do SGO define as funções, responsabilidades e níveis de decisão, tendo por base as novas necessidades manifestadas nos incêndios de 2017 de estruturar modelos organizativos, capazes de garantir o comando e controlo das operações.
O presidente da Liga salientou que “existe fumo branco” e que as negociações estão “praticamente fechadas” entre as partes.
“Foi um dia duro de negociações. Houve equilíbrio e sensatez na discussão, percebendo que as nossas propostas são importantes para garantir uma melhoria da resposta. O Governo sabe que sem o nosso apoio e capacidade operacional não pode atingir o fim a que se propõe”, frisou.