Cidade
Francisco Queirós contra o “Centralismo Machadista”!
Uma centena e meia de pessoas participaram no Almoço/Convívio de apresentação dos primeiros candidatos da Coligação Democrática Unitária (CDU) aos órgãos municipais do concelho de Coimbra às eleições autárquicas 2017.
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A iniciativa da CDU decorreu no dia 29 de abril, na Cantina do Polo II da Universidade de Coimbra. Foi “apadrinhada” por Jerónimo de Sousa, mas o Secretário Geral do PCP optou por centrar sua intervenção sobre a actualidade nacional e à medida das televisões nacionais que cobriram o evento.
Manuel Rocha – primeiro candidato à Assembleia Municipal de Coimbra (AMC) e Francisco Queirós – cabeça de lista para a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) repetem em 2017 as candidatura que protagonizaram em 2013.
A parte do “almoço” contou com um bufett bem confeccionado pelos SASUC onde se destacavam o Bacalhau com Natas e o Arroz de Pato, dois clássicos das manifestações partidárias da esquerda à direita.
A parte do “convívio” foi apresentada pelo deputado municipal Paulo Coelho, representante de Os Verdes na mesa de honra.
O primeiro concorrente a dirigir-se aos camaradas da CDU, que, como recordou Jerónimo de Sousa é constituída pelo Partido Comunista Português (PEV), Partido Ecologista Os Verdes (PEV) e a Intervenção Democrática (ID), foi Manuel Rocha.
O número 1 da CDU à Assembleia Municipal de Coimbra decidiu fazer uma intervenção com apenas 5 minutos de duração, o que nos diz que estamos perante um politico que tem a noção do tempo certo para discursar depois de um bom almoço. Tempo suficiente para lembrar que a CDU na AMC é “eco de todas as lutas”, contras “as politiquices do PS e do PSD”.
Manuel Rocha recordou ainda as lutas da CDU contra a privatização da água, das transferência de verbas para as freguesias, a defesa dos direitos dos trabalhadoras da Santix, “das populações que a Metro Mondego deixou apeadas para alimentação dos lucros camioneiros”.
Ouça todo o discurso de Manuel Rocha:
Francisco Queirós optou por um discurso mais longo para “valorizar o poder local democrático” na câmara, assembleia e freguesias.
Apesar de votar quase de sempre ao lado da maioria socialista liderada por Manuel Machado, o comunista Francisco Queirós afirmou neste almoço com os seus camaradas que podem contar com ele na luta contra o “centralismo machadista”.
O “centralismo machadista” é, segundo o candidato da CDU, “promotor de um ambiente de trabalho profundamente negativo entre o mais de 1 milhar de trabalhadores da autarquia, onde, da base ao topo, se vive e se cultiva um clima de medo”.
A maioria PS na autarquia de Coimbra evidencia um pratica profundamente centralista, presidencialista, responsável pela paralisação de diversos serviços municipais, atrasando múltiplos processos e tomadas de decisão, acusa Francisco Queirós.
O vereador da CDU aproveitou o seu “tempo de antena” para criticar “o movimento de cidadãos independentes criado pelo Bloco de Esquerda” e “outras candidaturas de pseudo independentes”.
“Quer nas falsas marcas brancas, de supostos independentes, quer nas candidaturas dos partidos tradicionais da governação local, pelo que já é conhecido, quer nesse espécie de de produto genérico, quer nos que assume a marca, sobressai com clareza a ligação a grupos e interesses económicos”, conclui Francisco Queirós.
Recordamos que em Coimbra se perfilam dos movimentos independentes. O Somos Coimbra de João Gabril Silva e o Cidadãos por Coimbra com Jorge Gouveia Monteiro, ex-vereador comunista na CMC.
Francisco Queirós não se esqueceu de referir que como vereador “fez a diferença e revolucionou” o Canil Municipal, um equipamento municipal, que, curiosamente, é muito contestado pelo seu antigo camarada Jorge Gouveia Monteiro, o líder dos Gatos Urbanos.
Destacou ainda “a obra realizada na habitação social”, temos obra feita, frisa o comunista a quem os socialistas confiaram a Promoção e Reabilitação de Habitação; Gestão do Parque de Habitação e Gabinete Médico-Veterinário do município de Coimbra.
Francisco Queirós manifestou-se ainda contra o que está a acontecer no Convento de São Francisco, no Metro Mondego, as médias e grandes superfícies comerciais e a privatização de serviços municipais.
Ouça todo o discurso de Francisco Queirós:
(Pedimos desculpa pela falta de qualidade das imagens que retiramos do vídeo do nosso directo. Infelizmente, a qualidade da rede 4 G é um mito urbano em muitas zonas de Coimbra.)
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