Uma mulher cuja presença na ‘Baixa’ de Coimbra se tornou notada a vender castanhas assadas e tremoços morreu, anteontem (19), aos 96 anos de idade.
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Foto DR
Tia Adelaide era viúva de um antigo sacristão da igreja de S. Bartolomeu. Natural de Santa Marinha (Seia), a extinta teve 11 irmãos.
Tratava-se de filhos de um casal pobre, “tão pobre que o pai, quando Adelaide tinha sete anos de idade, apalavrou-a apenas pela comida” para servir como empregada doméstica, conta António Castelo Branco, antigo coordenador cultural do INATEL.
Tia Adelaide também possuiu uma banca no Choupalinho, onde vendeu recordações de Coimbra, deu serventia a pedreiros e forrou caixões (urnas).
“Nas visitas que lhe fazíamos, não mostrava medo da morte e pedia-a mesmo, pois queria voltar para junto do seu Manuel”, indica António Castelo Branco.
Na véspera do final da Primavera de 2020, Tia Adelaide partiu, “deixando em todos nós um sentimento de pesar e saudade por se tratar de pessoa inexcedível no trato”, assinala aquele antigo coordenador cultural do INATEL.
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